Eram 35 minutos do segundo tempo, contra o Botafogo, quando Abel Ferreira usou sua última substituição para trocar Estêvão por Gabriel Menino e ouviu gritos de "burro" da organizada do Palmeiras. Foi a primeira manifestação do gênero contra o treinador, logo abafada por vaias de outros setores do estádio.
A mudança, contudo, teve razão além da tática. – Estêvão pediu para sair, estava com câimbras – justificou o treinador, revelando que o plano inicial ali era mexer na lateral esquerda. – Era para entrar o Vanderlan na do Caio Paulista, mas a partir do momento que o jogador pede substituição, eu tenho que trocar. Já é a segunda vez que pede substituição. Foi assim depois de vir da Seleção, contra o Atlético-GO – afirmou.
Estêvão arriscou uma finalização, 27 passes, dois desarmes e sofreu quatro faltas - sendo o mais caçado do jogo - antes de pedir a substituição. Saiu se queixando de dores, mas segundo o clube se tratou apenas de cansaço, sem preocupar em questões de lesão. Neste momento, a equipe já estava com um a menos, pela expulsão do lateral-direito Marcos Rocha, e assim seguiu até o fim do jogo com Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Vitor Reis e Caio Paulista; Richard Rios, Gabriel Menino e Maurício; Dudu e Flaco López.
Pela mudança, sendo a última disponível quando o Palmeiras perdia por 2 a 0 no confronto direto, Abel ouviu críticas - que em determinado momento se estenderam à presidente Leila Pereira. Dali em diante a torcida se transformou em um misto de críticas, vaias à organizada e cantos de incentivo, até ver a partida ser finalizada em 3 a 1.
O técnico, questionado sobre o episódio, minimizou a questão. – Uma pequena parte da torcida. Mas viu o que toda a torcida fez? Isso mostra o carinho que têm por nós. Eu entendo. São muitos títulos juntos. Parece que o Palmeiras ganha sempre e vocês sabem que não é isso – afirmou.
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