Felipão está há nove meses sem trabalhos no futebol - desde que deixou o Atlético-MG, em março deste ano -, mas nem por isso deixou de acompanhar a reta final do Campeonato Brasileiro. Com o tom de voz calmo e sorriso fácil, o técnico vê disputa "maravilhosa" em 2024, responde pedido de dica a Abel Ferreira no Palmeiras e revela papo com Dorival Jr sobre a Seleção. – Foi algo eletrizante, maravilhoso. Chegar no final com dois times para serem campeões, quatro para decidirem uma última vaga de descenso. O tempo todo com alternâncias. Foi um campeonato diferente de todos realizados até agora. Achei maravilhoso, fantástico – disse o treinador, encantado. Em 2024, o Brasileirão chegou à última rodada com Botafogo e Palmeiras concorrendo ao título, conquistado pelo time carioca, enquanto Athletico, Atlético-MG, Bragantino e Fluminense brigaram contra a última vaga na zona de queda - e a equipe paranaense terminou rebaixada. Como ex-técnico do Palmeiras e multicampeão, Felipão ainda recebeu um pedido: compartilhar uma dica para Abel Ferreira, que terminou o ano sob críticas de parte da torcida pelo vice no Brasileiro - sem vitórias nos confrontos diretos - e pelas eliminações precoces na Copa do Brasil e Libertadores. – Eu? Eu dar dica pro Abel? – questionou, surpreso, antes de sair em defesa do amigo, que chegou a ser comandado por Scolari como atleta na seleção de Portugal. – Total solidariedade ao Abel. Nos últimos 50 anos não teve ninguém que ganhou tantos títulos como ele no Palmeiras. Não é porque não ganhou no ano que deixa de ser um dos melhores que o Palmeiras já teve. Minha dica é que continue com suas ideias e siga-as, porque ele é um dos melhores treinadores que o Palmeiras já teve – afirma.
O português conquistou 10 títulos desde que chegou ao clube, em 2020, igualando Oswaldo Brandão como maior campeão entre técnicos no Verdão. O ano de 2024, com a conquista do Paulista, foi o único dele sem títulos de maior expressão. Nas Copas, caiu nas oitavas para os campeões Flamengo e Botafogo, e no Brasileiro brigou até o fim, mas desperdiçou pontos e deixou escapar o sonhado tri. Estêvão na Seleção? Se o Palmeiras pôde sonhar, contudo, foi muito por conta de Estêvão, dono de 13 gols e nove assistências na Série A em seu primeiro ano como profissional. E esse desempenho não passa despercebido. – Eu tenho conversado com Dorival, com Rodrigo Caetano sobre amenidades, porque somos amigos de longos anos, e uma das coisas que eles me falam em off é que esse menino chama a atenção do Dorival, de quem trabalha na Seleção, pela forma como ele se comporta como jogador e como pessoa – revela. – Só gostaríamos que ele fizesse ou continuasse fazendo aquilo que ele faz pelo Palmeiras lá no Chelsea. Ousadia, drible, velocidade, vontade de jogar. Que ele continue assim. Ele continuando assim, os colegas vão entender que vai ter situações que possam compensar o Estêvão para que ele faça mais pelo clube. Estêvão ainda defende o Palmeiras até a metade de 2025, para disputar o Mundial de Clubes, e após a competição se transfere ao Chelsea, na Inglaterra. Quanto a Felipão, os planos para o futuro ainda estão longe de serem definidos. – Tive cinco meses na minha casa com uma situação para realizar e agora em janeiro, depois de minha ida a Portugal para ver meus filhos, meus netos, eu volto e vamos ver o que vai acontecer. Não tenho um plano definido ainda.
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