Gabriel Jesus tem três gols na Copinha (Célio Messias/Gazeta Press)
A renovação do contrato de Gabriel Jesus com o Palmeiras transformou a vida do empresário do atacante, Fábio Caran. E é simples entender o motivo: ele e Cristiano Simões, que representam o garoto de 17 anos, passaram a ter 70% dos direitos econômicos da maior promessa alviverde dos últimos anos.
Começou aí uma verdadeira disputa entre grandes empresários e fundos ligados ao futebol para comprar parte da fatia do fenômeno palmeirense. A Doyen Sports foi a primeira a se manifestar. Renato Duprat chegou a comentar com pessoas mais próximas que iria adquirir 50%.
Mas ele descobriu pouco depois que não estava sozinho na parada. Nesta terça-feira, por exemplo, Fábio tem reunião com dois diferentes interessados e nem conseguirá ir até Limeira, onde Gabriel Jesus e o Palmeiras disputam contra o Vitória uma vaga nas semifinais da Copa São Paulo de juniores.
O mais curioso é que os empresários do goleador só tinham 35% dos direitos até 19 de dezembro do ano passado, quando ocorreu a prorrogação. “Acreditamos tanto no potencial do Gabriel que abrimos mão de um salário alto, de comissões e até de luvas para assinar o novo vínculo”, justifica Fábio.
Gabriel, que recebia R$ 2,5 mil por mês, fatura desde janeiro R$ 15 mil. O salário subirá para R$ 25 mil em 2016, para R$ 35 mil em 2017; para R$ 45 mil em 2018; e para R$ 60 mil no quinto e último ano de contrato. A multa rescisória saltou de R$ 3 milhões para R$ 30 milhões.
Na nova divisão dos direitos do artilheiro do último Campeonato Paulista sub-17, o Verdão detém apenas 30%. “Nossa confiança no Gabriel é tão grande que somos capazes de imaginá-lo jogando a Olimpíada do ano que vem, no Brasil. Ele é jogador com nível de seleção brasileira”, avalia Fábio, que o conhece desde os 14 anos.
Fábio e seu pai, Sidney, descobriram Gabriel Jesus no Projeto Anhanguera, criado por eles há três anos. O conceito é dar treinamento em alto rendimento para meninos bons de bola entre os 13 e os 16 anos no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. “Meu pai foi jogador e é muito criterioso para chamar alguém de craque. Mas, desde a primeira vez que ele viu o Gabriel, já falou que estávamos descobrindo um craque.”
21384 visitas - Fonte: Blog do Jorge Nicola