Nobre compara contratações de 2014 e 2015: "Mesma postura"

Presidente diz que o Palmeiras ganhou credibilidade de mercado e que tem 95% das receitas para investir nesta temporada

Paulo Nobre diz que a política de contratações segue idêntica à da primeira gestão (Foto: Marcelo Braga)





O Palmeiras iniciou o ano com um novo diretor-executivo, Alexandre Mattos, um novo treinador, Oswaldo de Oliveira, e com 16 contratações até o momento. Convidado do "Arena SporTV", o presidente do Alviverde, Paulo Nobre, afirmou que começa sua segunda gestão com a mesma política de contratações que tinha na primeira. A única diferença é que há mais dinheiro em caixa.



- Você, quando está devendo para todo mundo, como faz novos investimentos? Não tem como fazer. Em 2013, tínhamos apenas 25% das receitas. Já em 2014 trabalhamos com 70%, não tem muito o que fazer. Subimos em 2013 e no ano passado não imaginava flertar com segunda divisão até última rodada. Mas foram dois anos de sacrifício para equacionar o problema da dívida financeira. Não que ela tenha acabado, mas as de curto prazo foram revertidas para o longuíssimo prazo. Os investimentos começam a chegar, então são horizontes completamente diferentes. Com a casa em ordem, partindo do 0 a 0, consegue-se fazer investimentos (em jogadores), sempre com responsabilidade financeira, que é a marca da gestão - explicou.



De acordo com Paulo Nobre, das receitas previstas para este ano, apenas 5% já foram adiantados, ainda na gestão Arnaldo Tirone. O restante dos contratos de patrocínio, direitos de transmissão e cotas de federação poderão ser usados para esta temporada.



Em 2015 só temos 5% adiantados, a parte do Paulistão, porque a gestão de 2010 adiantou os cinco anos para a frente. Não é crítica, de repente era necessário ser feito naquele momento (...) Se somar o que tive em 2013 e 2014, não tive dinheiro para um ano de gestão inteira. Agora conseguimos jogar a dívida lá para frente, esse dinheiro aportado o Palmeiras vai devolver em 10 ou 15 anos. Entramos, então, com praticamente todo dinheiro do ano em 2015 - disse.



Até o momento foram contratados os laterais Lucas e João Paulo, os zagueiros Vitor Hugo, Jackson e Victor Ramos, os volantes Amaral, Gabriel e Andrei Girotto, os meias Zé Roberto, Ryder Matos, Alan Patrick e Robinho, e os atacantes Dudu, Kelvin, Leandro Pereira e Rafael Marques. Apesar dos nomes, o dirigente se nega a concordar que algo mudou no projeto:



- O time de 2015 estará sem grandes estrelas, mas bem mais equilibrado do que em 2014, quando também tentamos acertar. A postura é exatamente a mesma. Agora a gente também não sabe como será esse time em campo, esse belo elenco precisa entrosar. De forma alguma fujo das minhas responsabilidades e deixo de assumir que o ano de 2014 foi uma catástrofe. Mas não fiquem com esse conceito de que está tudo sendo diferente, é mesmo conceito, as contratações são feitas da mesma maneira, mas equacionamos a parte financeira. Hoje, quando você disputa um jogador desejado por Corinthians e São Paulo (Dudu), consegue entrar e até ganhar, como ganhamos e perderemos outras. No ano passado, como fazer se tínhamos problemas para pagar a folha salarial? É muito difícil quando você deve e não tem credibilidade no mercado. O que mudou foi nossa condição financiara e a credibilidade do mercado, a filosofia é a mesma.

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