Técnico não tem mexido no time titular, mas agrada por dedicar atenção especial e individual a reservas
Escolhido para comandar a reformulação do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira só tem duas semanas de trabalho e um amistoso disputado, mas, por enquanto, já agrada os comandados com seu perfil. Alguns dos reforços disseram que aceitaram jogar no clube por conta do técnico, e é unânime a admiração que ele desperta por cobrar atitude e dar atenção a todos.
A exigência por aplicação tática é um dos pontos fortes do treinador. “O professor cobra bastante que não só os volantes roubem a bola. A equipe toda tem que morder até lá na frente. E, com a posse, todos têm que agredir o adversário e controlar o jogo. Isso facilita para conseguirmos títulos”, contou o volante Amaral, um dos que ainda não tinham trabalhado com o chefe.
O meia-atacante Ryder, treinando no Verdão apenas desde segunda-feira, já viu que Oswaldo gosta de quem luta nos treinos. Característica que antigos comandados gostam. “Ele pede muita atitude em todas as posições, para que se defenda e se ataque com força máxima. É para marcar com agressividade e, com a bola, usar o dom que Deus deu a cada um: jogar futebol”, simplificou o lateral direito Lucas.
“O Oswaldo deixa bem claro que todos, lá da frente até o goleiro, têm que roubar a bola. Mas é um trabalho que se pega com o tempo, assim como o posicionamento em campo, à medida que esse grupo novo vai se conhecendo melhor”, projetou o volante Gabriel, também chefiado pelo técnico no Botafogo.
Além de cobrar, o técnico agrada por prometer oportunidades a todos – tem até enxugado o elenco para administrar melhor essas chances. Em meio à reformulação, deu um discurso já na apresentação do elenco, no dia 7, avisando que ser recém-contratado ou remanescente da vergonhosa campanha no Brasileiro de 2014 não influencia em suas escolhas.
“O professor deixou bem claro que ninguém tem cadeira cativa. É necessário suar muito para ter espaço lá dentro. É mostrar trabalho e jogar bola”, indicou o zagueiro Vitor Hugo. “O professor trabalha sem dar privilégios. Quem ficou e quem chegou tem que brigar por seu espaço, os melhores vão jogar”, apostou o atacante Leandro Pereira.
Por enquanto, Oswaldo não mexeu nos titulares em nenhum treino, mas é comum vê-lo conversando particularmente com reservas. “Já deu para ver que é um profissional que quer sempre o bem do grupo, conversa com todos. É um cara sensacional”, elogiou o meia Alan Patrick, há uma semana no clube.
Assim, o técnico faz da competitividade uma marca, como deseja a diretoria. “O Oswaldo é um cara muito honesto e competitivo, não pensa de outra forma que não seja vencer e sempre busca tirar o máximo do jogador. Transfere rapidamente para os atletas e para o time essa competitividade”, analisou Lucas.
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