Mesmo sem mais conexão no mesmo clube, a presidente do Palmeiras , Leila Pereira, e Dudu, agora no Cruzeiro, voltaram a protagonizar rusgas e uma briga dessa vez pública, com críticas, xingamentos e que pode terminar na Justiça, com um processo da dirigente contra o jogador. Mas como começou essa história? Leila Pereira e Dudu posaram em fotos amistosas, dividiram conquistas e por mais de uma vez, ao longo da passagem do atacante, precisaram reforçar a boa relação. A realidade, porém, é que dirigente e jogador nunca tiveram a mesma proximidade que o ídolo alviverde guardou com outras lideranças no clube, como com o ex-diretor Alexandre Mattos, que agora o levou ao Cruzeiro, ou o ex-presidente Maurício Galiotte.
Em dezembro de 2022, inclusive, quando Dudu estava em processo de renovação com o Palmeiras, a negociação se estendeu, e Leila chegou a dizer que havia chegado ao limite e não mudaria mais os termos apresentados. – Não posso mexer mais uma vírgula. Já avisei que é a proposta final – disse a presidente. Na época, a parte do atleta queria uma quantidade menor de jogos na cláusula de renovação automática, de 15%, e reclamava de mudanças de outros termos que haviam sido acordados anteriormente. Leila chegou a ser perguntada se a demora para definir o futuro de um dos principais ídolos do clube poderia gerar desgaste, mas disse que não era uma preocupação.
– Não posso mexer mais uma vírgula. Já avisei que é a proposta final – disse a presidente.
Em agosto do ano seguinte, porém, em 2023, Dudu rompeu o ligamento do joelho e ficou quase nove meses afastado dos gramados. Só voltou a atuar no início de 2024 e sem espaço no time, até por conta da retomada de ritmo depois de uma lesão grave. "Pelo Palmeiras , está vendido" A sensação de falta de prestígio no elenco, contudo, fez o atacante procurar o Cruzeiro no meio da temporada e sinalizar ao Palmeiras o interesse de deixar o clube.
Internamente, o Verdão - que já via a saída como desafogo na folha salarial - autorizou as conversas por entender que estaria cumprindo os desejos de um ídolo. Tanto que o anúncio do Cruzeiro, no dia 15 de junho, surpreendeu. A questão é que o atacante deu para trás na negociação. No dia 16, Leila deu duras declarações no Sportv, pedindo que Dudu cumprisse sua palavra e honrasse o acordo com o Cruzeiro, e disse que pelo Palmeiras ele estava vendido.
A sensação de falta de prestígio no elenco, contudo, fez o atacante procurar o Cruzeiro no meio da temporada e sinalizar ao Palmeiras o interesse de deixar o clube. Internamente, o Verdão - que já via a saída como desafogo na folha salarial - autorizou as conversas por entender que estaria cumprindo os desejos de um ídolo.
Tudo aconteceu em sigilo nos bastidores. Tanto que o anúncio do Cruzeiro, no dia 15 de junho, surpreendeu. A questão é que o atacante deu para trás na negociação. No dia 16, Leila deu duras declarações no Sportv, pedindo que Dudu cumprisse sua palavra e honrasse o acordo com o Cruzeiro, e disse que pelo Palmeiras ele estava vendido.
Ao ser reintegrado, foi o técnico Abel Ferreira quem deu o primeiro passo para o recomeço de Dudu, dizendo que contava com o atacante e negando uma relação ruim entre os dois. A realidade, porém, é que ele nunca voltou a ser uma real opção no time, e a relação com a diretoria também não foi mais a mesma.
– Rony não foi se oferecer para clube nenhum. O Rony sairia pela porta da frente. O Dudu saiu pela porta dos fundos – afirmou.
É tanto que em julho o Palmeiras chegou a colocar o camisa 7 como moeda de troca para contratar Gabigol. Ali, em rota de colisão com Leila Pereira e sem continuidade no time, tornou-se peça dispensável no Verdão - que até desistiu de um documentário sobre o atacante que estava em produção. As rusgas voltaram a aparecer em novembro quando Dudu exaltou o ex-presidente Maurício, antecessor de Leila, chamando-o de "o melhor presidente". Eram os últimos atos do camisa 7, que se despediu do clube sentado no gramado do Allianz Parque ao lado da família.
Com o término do Brasileiro e já de férias nos Estados Unidos, Dudu e Palmeiras assinaram a rescisão de contrato, deixando o caminho livre para o atacante se transferir ao Cruzeiro sem retorno financeiro ao clube paulista.