Trata-se de uma denúncia de aliciamento a um ex-atleta do Palmeiras por parte do Corinthians. O Timão nega a acusação. Pelo caso, porém, o Timão foi excluído do Movimento de Clubes Formadores, que atua protegendo os clubes com jogadores dos 10 aos 14 anos, impedindo, através de Regimento Interno, a transferência para outros times sem autorização.

Os pais do jogador, que tem o nome preservado em todas as reportagens do ge sobre o assunto, se pronunciaram com acusações ao Alviverde. Em nota, alegam tentativa de "abalar" o relacionamento da família com o representante do menino e dizem que o filho se sentiu "agredido verbalmente". Afirmam que o atleta é dedicado, mas "só havia críticas, apontamentos negativos, cobranças exageradas" nos últimos meses de 2024, que não foram procurados pelo clube e assim entenderam que o Palmeiras não tinha interesse na permanência do garoto. – Não é fácil ver nosso filho chorar depois de treinos, jogos, que se sentiu humilhado, agredido verbalmente, isso dói no coração, afinal ele só tinha 13 anos, ele só queria jogar futebol! – diz um trecho da nota.

O Palmeiras , por sua vez, procurado pela reportagem, diz que sempre valorizou o atleta e que o departamento cumpre com rigor a legislação, que só permite o registro de contrato de formação a partir dos 14 anos de idade completos. O clube acrescenta que as acusações feitas pelo representante do atleta “somente visam justificar condutas antiéticas", já reprovadas pelo Movimento de Clubes Formadores.

Ainda na terça-feira, o agente, Manoel Barboza, fez críticas à diretoria de base do Palmeiras , chamando o coordenador João Paulo Sampaio de antiético.

O Departamento de Futebol de Base do Palmeiras cumpre com rigor a legislação vigente, que somente permite o registro do contrato de formação de atletas com 14 anos completos – o jogador em questão atingiu essa idade em 22 de dezembro de 2024, três dias depois, portanto, de seus pais comunicarem o clube sobre a decisão de buscar “novas oportunidades” para o garoto.

Cabe salientar que a Base do Palmeiras sempre valorizou o atleta, que recebia o maior valor de bolsa-auxílio entre os jovens da categoria sub-14 e tinha até os estudos em colégio particular pagos pelo Verdão. Nos últimos seis meses de 2024, aliás, o garoto foi escolhido para participar de dois torneios internacionais (nos EUA e Paraguai), além dos campeonatos paulista e brasileiro, entre outros.

As recentes acusações contra o Palmeiras e seus profissionais feitas pelos representantes do atleta por meio da imprensa visam somente encobrir a verdade dos fatos, com o intuito de justificar condutas antiéticas, já reprovadas por todas as agremiações integrantes do Movimento dos Clubes Formadores (MCF).

Nesses últimos 6 meses, infelizmente conhecemos o lado sombrio do futebol e quando vivemos de perto e sentimos na pele, causa um mix de sensações ruins a ponto de desistir! Não é fácil ver nosso filho chorar depois de treinos, jogos, que se sentiu humilhado, agredido verbalmente, isso dói no coração, afinal ele só tinha 13 anos, ele só queria jogar futebol!

Ano passado, de todas as formas, as mais anti-éticas possíveis, tentaram abalar o nosso relacionamento com nossos representantes, sem respeito algum e o pior, usavam nosso filho, tiraram a alegria dele de jogar, passou a ser um objeto, esqueceram que tinha um ser humano ali, uma criança.

Somos gratos pela oportunidade dada, nosso filho nunca faltou em um treino, se dedicou dentro e fora de campo, se cuidando, se preparando para entregar o seu melhor, respeitou e valorizou todos os esforços dados a ele, mas parece que nada disso importava pois só havia críticas, apontamentos negativos, cobranças exageradas, principalmente nos últimos meses de 2024.