– É um Palmeiras mais agressivo. Às vezes o sucesso lhe deixa sem enxergar. Não fiquei feliz com o desempenho. Aí entendi que era o momento de mudar.
As palavras de Leila Pereira, neste início de ano, anunciaram uma mudança de postura do Palmeiras para 2025. A chegada de Paulinho, além das investidas sobre Andreas Pereira e Claudinho, por exemplo, eram uma demonstração dessa estratégia.
As expectativas, contudo, ainda não foram totalmente cumpridas e fizeram o time iniciar o ano sob críticas de parte da torcida.
Mas é preciso realmente toda essa preocupação? Em meio aos testes no Paulista e com a meta de brigar por grandes títulos, ouvimos cinco comentaristas para responder as seguintes questões:
Entre as preocupações em 2024, esteve o baixo aproveitamento contra rivais diretos no topo da tabela do Brasileirão. Foram quatro empates e quatro derrotas, um rendimento de 16% e nenhuma vitória.
Há quem discorde da perspectiva de competitividade - como Conrado Santana e Fabíola Andrade -, e quem destaque que o Palmeiras não conseguiu fazer frente nos duelos diretos por ter tido um coletivo abaixo do esperado, como diz Rafaelle Seraphim, citando ideias e convicções de Abel Ferreira que não surtiram o efeito esperado.
Todos, porém, são taxativos ao dizer que não se pode desprezar as campanhas do Verdão. Foi campeão paulista, vice no Brasileiro - com mais pontos que o título de 2023 -, e teve duas eliminações precoces na Copa do Brasil e Conmebol Libertadores, mas para os campeões Flamengo e Botafogo.
Para Cabral Neto, o Palmeiras não "perdeu terreno", mas os rivais mais fortes "invadiram e avançaram esse terreno". Em resumo, o método que o fez multicampeão nos últimos anos - citado por Sérgio Xavier como um tripé formado por renovações, base e reforços - deixou de surtir efeito.
– Pode parecer a mesma coisa, mas a sensação é que o Palmeiras achou que a estratégia das últimas temporadas, de contratar menos e apostar na manutenção da maior parte do elenco, seria o suficiente mais uma vez – explica Cabral Neto.
– Mas o poder de investimento dos principais concorrentes ou a continuidade de evolução desses clubes mostrou que o Palmeiras precisaria ter avançado mais em reforços no começo do ano, a tentativa de correção na segunda janela já não era o suficiente para corrigir a rota – conclui.
É consenso, aliás, que a movimentação insuficiente no mercado terminou sendo a principal fragilidade do clube no último ano.
– As contratações de 2024 não surtiram efeito, por exemplo o Felipe Anderson, que foi uma decepção – diz Fabíola Andrade.
Para 2025, citam as necessidades de reformulação e gastos maiores para reforçar a equipe. Algo que tem acontecido, como as investidas de 18 milhões de euros + Gabriel Menino e Patrick por Paulinho, os 12 milhões de dólares mais bônus por Facundo Torres e mais 7,5 milhões de dólares por Emiliano Martínez.
Quanto à reformulação, Dudu, Gabriel Menino, Zé Rafael e Lázaro - transferidos a Cruzeiro, Atlético-MG, Santos e Almería, da Espanha - foram as saídas até agora. Vitor Reis também entrou na lista por conta da proposta do Manchester City, que o levou por 37 milhões de euros - sendo 35 milhões pagos ao Palmeiras e o restante referente a juros bancários.
Rony seria mais um na lista, mas viu a saída ao Al-Rayyan ser interrompida por falta de tempo para as burocracias - com a janela no Catar fechando na última sexta-feira. Antes disso, negou proposta do Fluminense, viu a porta se fechar e segue sem destino; o Santos é um potencial interessado.
Atuesta, por sua vez, tem jogado após o fim do empréstimo ao Los Angeles FC, e agora o Palmeiras e seus empresários buscam um novo clube para ele.
3249 visitas - Fonte: ge
Que eu saiba o Zé Rafael permanece no Palmeiras..