Nobre "surfa em onda verde" e espera terminar temporada com superávit

Nobre mexeu nos bolsos por dois anos e, agora, garante R$ 134 milhões com patrocínios, Globo e Avanti



Em cinco dias, Paulo Nobre anunciou dois patrocinadores na camisa do Palmeiras que renderão, até o fim do ano, quase R$ 30 milhões ao clube. Boas notícias aliadas ao crescimento de sócios-torcedores e à reformulação que trouxe 16 reforços, incluindo a superação de disputas com São Paulo e Corinthians. Uma “onda verde” que o presidente torce para deixar o clube “no azul”.



“Com certeza absoluta, os patrocinadores vão surfar nessa onda verde positiva que se inicia no sábado, com a abertura do Campeonato Paulista”, comentou o dirigente, exibindo largo sorriso até ouvir sobre a possibilidade de um superávit, mas, como é costume, controlando as palavras e a empolgação.



“O ano é muito dinâmico. As perspectivas financeiras e esportivas são muito boas, e queremos sempre o Palmeiras no topo, brigando por títulos. Mas vamos trabalhar com a responsabilidade financeira, Assim, a ideia é terminar o ano no azul”, admitiu.



Nobre desembolsou R$ 153 milhões no Palmeiras em seus dois primeiros anos, não adiantou cotas previstas para 2015 em diante. Na sua conta, além dos R$ 23 milhões da Crefisa como patrocinador máster, dos cerca de R$ 6 milhões da Prevent Senior na omoplata e dos R$ 80 milhões da TV Globo, estão ao menos, R$ 25 milhões do Avanti, plano de sócio-torcedor que atraiu mais de 82 mil membros até agora.



Outras parcerias financeiras ainda estão na mira. “Essa gestão trabalha incessantemente para criar novas fontes de receita e melhorar as já existentes. Sempre existe a perspectiva de novos parceiros chegarem para se unir ao clube”, comentou o presidente, orgulhoso.



“As empresas nos procuram pela grandeza do Palmeiras e a torcida gigantesca que temos. Possivelmente, há uma cota de colaboração da administração nos últimos dois anos, que foram muito difíceis, principalmente o ano passado.



Mas o Palmeiras nunca deixou de ser Palmeiras”, declarou o dirigente, que não abria mão de R$ 30 milhões anuais de patrocínio máster em 2013 e 2014, e acabou com a camisa sem nenhuma marca.



Em relação ao dinheiro que colocou no clube, como revelou o jornal Lance!, o presidente repassou Leandro, Mendieta, Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo, únicos jogadores comprados em seu primeiro mandato, a empresas parceiras, prometendo devolver qualquer lucro ao clube.



Assim, reduziu a dívida para R$ 110 milhões, montante que será pago com o comprometimento de, no máximo, 10% da renda anual, segundo acordo aprovado pelo Conselho Deliberativo em 2014.

7281 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva