Paulão e Toyloy disputam a bola no início do jogo (Foto: Bruno Ulivieri/Palmeiras)
Após cumprir punição de três partidas sem poder receber torcida por conta de incidentes em jogo no Palestra Itália no início deste mês, o Palmeiras contou enfim com o apoio dos seus fanáticos seguidores, mas não conseguiu brecar a força do conjunto do Mogi das Cruzes, que levou a melhor por 84 a 68, nesta terça-feira, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo. Com o triunfo no duelo pela 18ª rodada do NBB 7, o Mogi mantém a quarta colocação, agora com 12 vitórias em 18 partidas. Após o seu nono revés em 18 jogos, o Verdão fica estaciona na oitava posição da tabela de classificação.
Com 19 pontos, o pivô americano Tyrone comandou o Mogi e foi o cestinha do embate contra o seu ex-time. Como prova da força do seu elenco, os mogianos tiveram cinco jogadores com mais de dez pontos marcados e dez atletas ficaram mais de 13 minutos em quadra. Pelo lado do Verdão, o ala-armador Neto marcou 14 pontos.
O próximo compromisso do Mogi vai ser na quinta-feira contra o Pinheiros, as 19h (de Brasília), novamente no Henrique Villa Boim, em São Paulo. No mesmo dia, o Palmeiras vai enfim voltar ao seu ginásio, o Palestra Itália, para encarar o São José dos Campos, as 20h. O Verdão não atuou lá nos três últimos jogos como mandante por conta de uma punição por briga da sua torcida (duas partidas) e pelo fato de estar reformando o piso.
O jogo
A partida começou em alta velocidade. Mais eficiente nos arremessos, o Mogi logo saltou à frente no placar, principalmente por conta dos seus homens de garrafão, Gehrke e Paulão. Porém, empurrado por sua torcida que estava finalmente de volta a um ginásio, o Palmeiras conseguiu reforçar a sua defesa para neutralizar as investidas do adversário e a bola alviverde passou a cair com mais intensidade. Em boa fase, Neto fez o “mandante” encostar no placar e a diferença ficar em apenas três pontos no fim do primeiro quarto: 20 a 17 para Mogi. O destaque negativo dos dez primeiros minutos do jogo foi o americano Shamell, que, a despeito do fato de ser o cestinha do NBB 7, não acertou nenhum em quatro tiros tentados.
Torcida do Palmeiras apoia time em quadra, após três jogos de ausência (Foto: David Abramvezt)
O técnico espanhol Paco García resolveu colocar o time reserva do Mogi para o segundo quarto. E Alexandre, Filipin, Jimmy, Gerson e Wagner deram conta do recado. Os mogianos conseguiram imprimir um forte ritmo, sufocaram a defesa palmeirense e logo abriram dez pontos (30 a 20). O Palmeiras deu uma reagida e Paco promoveu o retorno de Shamell, que vinha muito mal. Após uma perdida de bola e uma boa assistência, o cestinha do NBB 7 finalmente conseguiu sair do zero – e foi com estilo, em uma plástica cesta de três pontos. A jogada deu um gás para o Mogi na reta final do primeiro tempo, que se impôs e foi para o intervalo com 11 pontos de dianteira no placar (41 a 30).
Novamente com todos os titulares (Elinho, Gehrke, Shamell, Tyrone e Paulão) para o início do terceiro quarto, o Mogi foi surpreendido por um Palmeiras mais vibrante e perspicaz. Diego logo converteu um chute de três e incendiou os seus companheiros. Das mãos precisas do argentino Max Stanic também saíram passes preciosos, que foram aproveitados. Assim, o Verdão usou os cinco minutos iniciais do segundo tempo para encostar no placar (45 a 44). Mas mesmo sem estar em uma das suas melhores jornadas, Shamell converteu um chute de longe, de três, e esfriou um pouco a reação alviverde. Foi a senha para mais uma grande rotação comandada pelo comandante espanhol. E novamente deu certo, pois o Mogi foi para o último quarto com nove pontos de dianteira (61 a 52).
Shamell conduz a bola e recebe marcação de Diego na vitória do Mogi sobre o Palmeiras (Foto: Bruno Ulivieri/Palmeiras)
O que se viu no último período foi uma reprodução do restante do jogo. O Mogi sempre à frente e o Palmeiras buscando a todo custo reagir sob o comando do habilidoso argentino Max Stanic. A torcida alviverde não parava de apoiar, mas o Mogi demonstrava mais tranquilidade na hora da conclusão dos ataques. Com um aproveitamento na casa dos 40% dos arremessos, o Verdão não conseguia manter uma sequência que o permitisse igualar o marcador e pensar em uma virada. Sem grandes dificuldades para administrar o placar e se dando ao luxo de deixar apenas Shamell e Tyrone da formação titular em quadra na reta final do jogo, o Mogi saiu de quadra vitorioso com o 84 a 68.
Formações e pontuadores:
Palmeiras: Max Stanic (10), Neto (14), Fabrício (2), Jhonatan (1) e Toyloy (11). Entraram: Gianella (4), Diego (9), Marone (0), Douglas Nunes (10), Locke (0), Rodrigo (0) e Átila (7). Técnico: Régis Marelli
Mogi: Elinho (2), Gehrke (5), Shamell (13), Tyrone (19) e Paulão (11). Entraram: Alexandre (7), Filipin (6), Jimmy (10), Gerson (11), Lersch (0) e Wagner (0) Técnico: Paco García
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