Mercadante se reuniu com parlamentares na tarde desta quarta-feira em Brasília
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, assumiu um compromisso na tarde desta quarta-feira de resolver a situação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que vai ajudar os clubes a se reestruturarem financeiramente com contrapartidas.
Em reunião com parlamentares do grupo de trabalho sobre o tema, ele garantiu que até o meio de fevereiro a presidente Dilma Rousseff vai editar uma medida provisória ou vai levar ao Congresso para aprovação na Câmara e no Senado em até 20 dias.
Mercadante lembrou que a goleada sofrida pelo Brasil na Copa do Mundo, de 7 a 1 para a Alemanha, foi um alerta para o governo de que o esporte precisava de mudanças urgentes.
Segundo os deputados que estavam presentes no encontro, o ministro ainda criticou de forma geral a gestão no esporte, especialmente no futebol, destacando o que fez o país campeão do Mundial nos últimos anos. Entre os participantes da conversa, estava o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, que foi eleito deputado na última eleição.
O Ministério do Esporte vai ficar responsável por se reunir com os mais diversos segmentos do esporte nos próximos dias, para ouvir todas as demandas, e conseguir fechar um projeto que atenda à maioria das expectativas.
"O que é importante é que o governo fez esse compromisso. Ele só fez isso pela medida provisória que a gente mostrou recentemente. E é urgente fazer isso. O governo acordou para ver que estamos com um problema sério", afirmou o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), em contato com a reportagem.
"Ele (Mercadante) falou isso. Falou que o 7 a 1 foi um grande alerta. Vocês sabem disso. Temos dirigentes estabanados. Disse que o 7 a 1 foi alerta da má gestão que temos. Não é por essa razão que vamos entregar o futebol brasileiro, deixar de lado. Nós somos vitoriosos em várias coisas. Mas tomamos a goleada e eles (Alemanha) mostraram o que tem de ser feito, deram uma aula. O governo não tem de interferir em cada clube, mas tem de ter regras e tem de apoiar", completou.
No início deste ano, a presidenta da República vetou o artigo 141 da Medida Provisória 656, que dizia que os clubes de futebol poderiam parcelar suas dívidas com o governo federal em 240 vezes, com descontos de 70% em multas e 50% em juros, sem, no entanto, terem de cumprir nenhum medida de responsabilidade financeira e de gestão, previstas na discussão da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte.
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