Foram necessários noventa anos para o Palmeiras voltar a ter uma chance de conquistar o primeiro tetracampeonato paulista consecutivo do profissionalismo. Sua primeira chance foi há 90 anos, em 1935, quando ainda era conhecido como Palestra Itália. Entre as duas oportunidades, Santos e Corinthians tiveram somados cinco chances de alcançar essa marca, mas em três delas foi o próprio Palestra Itália/Palmeiras que impediu que os rivais alcançassem o recorde. Desta vez, é o Corinthians, com o segundo jogo em seu estádio, que tentará impedir o tetra.
Na fase de classificação, Palmeiras e Corinthians empataram em 1 a 1. Foram 11 as vezes em que um clube teve chance de ser tetracampeão, mas só Paulistano, em 1916-17-18-19, conseguiu, antes de o futebol se tornar profissional no país. A sequência foi interrompida exatamente pelo Palestra Itália/Palmeiras, em 1920, ao conquistar seu primeiro título estadual.
Em 2025 Palmeiras Faturou o tricampeonato em 2022-23-24, com campanhas invejáveis, sendo derrotado apenas no jogo de ida de cada final: em 22, perdeu para o São Paulo (3 a 1, no Morumbi); na volta, 4 a 0 Palmeiras. Em 23, perdeu para o Água Santa (2 a 1, em Diadema) e novamente goleou por 4 a 0 na decisão em casa.
Ano passado, caiu por 1 a 0 contra o Santos, na Vila Belmiro, e conquistou o tricampeonato em casa (2 a 0). Somadas as três competições, o Palmeiras perdeu apenas três jogos em 48 disputados. Foram 34 vitórias e 11 empates (aproveitamento de 78,5%).
Desafiante: Corinthians Desta vez, o Palmeiras será visitante na grande final, com mando do Corinthians. Vai colocar intensidade para decidir no primeiro jogo? Até o segundo jogo, o campeonato será paralisado para disputa das Eliminatórias para a Copa. O Palmeiras também já perdeu nesta edição (para o Novorizontino) e empatou cinco vezes, praticamente a metade do que nos últimos três anos. Tem a seu favor um trabalho muito estável, comandado pelo técnico Abel Ferreira, e o fortalecimento do elenco para o Mundial de Clubes. Além de decidir em casa, o Corinthians tem do seu lado o tabu histórico de nunca ter havido um tetracampeonato no profissionalismo.
Em 2020 Corinthians É tricampeão em 2017-18-19, sempre fazendo o jogo de volta das finais como mandante. Derrotou em cada decisão: Ponte Preta (3 a 0 no jogo de ida e 1 a 1 em casa), Palmeiras (dois 1 a 0 e vitória nos pênaltis, 4 a 3) e São Paulo (2 a 1 na decisão em casa após 0 a 0 na ida).
Algoz: Palmeiras Em 2020, depois de ser segundo colocado em seu grupo, com apenas um ponto a mais que o terceiro colocado Guarani, elimina o Bragantino nas quartas e o Mirassol nas semis. Na grande decisão, empata em 0 a 0 em casa e em 1 a 1 como visitante. Nos pênaltis, o Palmeiras vence por 4 a 3.
1940 Corinthians Tricampeão em 1937-38-39, quando Teleco era o grande goleador da equipe, artilheiro do Paulista em 35-36-37, 39 e 41 e vice-artilheiro em 38 e 40). Em 37, foi campeão com um ponto a mais que o Palestra Itália/Palmeiras (22 a 21 em 28 pontos possíveis); em 38, acabou invicto e conquistou dois pontos a mais que o São Paulo (16 a 14 em 20 possíveis); em 39, sobrou com seis pontos de vantagem para o Palestra (36 a 30 em 40 pontos possíveis).
1935 Palestra Itália/Palmeiras Primeiro campeão estadual em São Paulo depois de o futebol se tornar um esporte profissional, em 1933, o então Palestra Itália alcançou seu primeiro tricampeonato consecutivo em 1932-33-34. Nessas três competições, conquistou 35 vitórias em 39 partidas e sofreu apenas duas derrotas, com aproveitamento de pontos de 92,3% considerados os dois empates. Cada vitória valia dois pontos, não três como atualmente.
1925 Corinthians Há cem anos, era o Corinthians o candidato a tetracampeão paulista. Campeão do Centenário (da Independência do Brasil) em 1922, o Corinthians faturou seu primeiro tri em 22-23-24. Nos dois primeiros títulos, o Palestra Itália/Palmeiras foi o vice-campeão. No terceiro, o Palestra abandonou a competição por desentendimentos com a liga.
1963 Santos Tricampeão paulista em 60-61-62, foi o período de maior sucesso do clube. Em campeonatos por pontos corridos, fez 50 pontos em 68 possíveis em 1960; 53 pontos em 60 em 1961; e 51 pontos em 60 em 1962. Algoz: Palmeiras Servílio fez 21 gols neste Paulistão, apenas um a menos que o artilheiro Pelé, e liderou o Palmeiras rumo ao título, enquanto o Santos se tornava no mesmo ano bicampeão da Libertadores e mundial.