Acabou no futebol brasileiro o intenso investimento de escolas de idiomas que começou em 2011 e se prolongou por quatro anos. A Fisk foi patrocinadora do Corinthians por este período, Yázigi e Wizard patrocinaram o São Paulo, a Minds Idiomas patrocinou Santos e Palmeiras, o CNA patrocinou o Santos, o Campeonato Brasileiro e vários Estaduais, a WiseUp patrocinou a Copa do Mundo, a PBF patrocina a Ponte Preta, e a Englishtown, para ter a seleção brasileira, a CBF. Só os dois últimos seguem em 2015.
Existe no esporte, assim como em outras indústrias, um efeito manada. Quando uma companha de determinado setor decide investir em tal novidade e tem sucesso, as concorrentes encontram um jeito de entrar no mesmo mercado. No caso de um segmento como o de escolas de idiomas, no qual há diversas marcas, algumas delas pertencentes à mesma empresa, porém nenhuma com capacidade de investimento para pegar todos os clubes e campeonatos, essa manada acontece de uma maneira mais difusa.
Os motivos das saídas variam. O Grupo Multi, dono de Yázigi e Wizard, foi vendido para o grupo Pearson por R$ 1,7 bilhão, e isso altera a rota de qualquer empresa. A Fisk queria permanecer nas mangas do Corinthians, mas não tinha condições financeiras de manter o pagamento de R$ 12 milhões anuais. A WiseUp investiu na Copa, a Copa acabou, e a empresa trocou diversos diretores. De novo, nova rota. É comum que investimentos sejam desfeitos. Passados um, dois, três anos, objetivos são alcançados, ou não, e novos são criados pela empresa. Nem sempre o esporte é o melhor caminho para atingi-los.
A coincidência foi que 2015 marcou a mudança de rota da maioria das escolas. Ao mesmo tempo acabaram os contratos de Fisk, CNA, Minds Idiomas. Meses antes, terminou o da WiseUp. Continuou a Englishtown com a seleção porque, atrasada, fechou seu patrocínio somente em novembro de 2013, antes da Copa. A CBF aproveitou a inflação nos valores e assinou um contrato de cinco anos, até 2018
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