Em entrevista exclusiva à ESPN, o atacante abriu o jogo sobre sua passagem pelo Palmeiras e avaliou o trabalho de Abel Ferreira, destacando que considera o português o melhor treinador com quem trabalhou, apesar da crítica pela pouca minutagem que teve no Verdão. Navarro acredita que essa escassez de tempo em campo foi um dos principais motivos para não ter conseguido engrenar no Palmeiras. Apesar de ter tido bons momentos, especialmente na CONMEBOL Libertadores, onde anotou sete gols em 2022, ele sentiu que não teve uma sequência suficiente para mostrar seu futebol.

"Acho que eu jogava muito pouco em questão de minutagem. O Abel me botava sempre três minutos, cinco minutos. Tinha jogo ou outro que eu jogava de titular e, quando me colocou para jogar na Libertadores, fui bem. Eu tinha sete, oito gols na competição, mas jogava pouco porque entrava por pouco tempo. Acho que faltou essa sequência para mim no Palmeiras", disse ele, antes de elogiar a postura do treinador português. "Acho que no Brasil, foi meu melhor técnico. Ele me dava pouca oportunidade, mas fora disso, era uma excelente pessoa, sempre procurava dar conselho para evoluir e tudo mais, então acho um cara super inteligente também, nem à toa que tem ganhado basicamente quase tudo no Brasil".

Rafael Navarro foi apenas mais um dos candidatos à camisa 9 do Alviverde, que agora é ocupada por Vitor Roque, reforço mais caro da história do futebol brasileiro. Analisando o colega de posição, o jogador do Colorado Rapids foi cauteloso, e também valorizou Flaco López, que costumava ser titular, mas perdeu espaço em 2025. "Joguei contra o Vitor Roque, mas não sei se ele é o cara ideal, porque o Flaco também vive um momento bom no Palmeiras. Gosto muito do Flaco. Acho que ele é um ótimo camisa 9 e pode agregar bastante ao time. Tenho certeza de que os dois podem dar certo e ajudar o Palmeiras".

Questionado se a exigência da torcida palmeirense foi um fator que atrapalhou sua trajetória no clube, Navarro descartou essa possibilidade e reforçou que a pressão no futebol brasileiro é algo natural. "Todo jogador de futebol sente pressão, isso é normal, ainda mais no Brasil. Jogar no Brasil tem essa cobrança em qualquer clube, e o Palmeiras é um time grande. Como falei, o que faltou para mim foi a minutagem. Entrava pouco nos jogos, e isso fez diferença para minha performance".

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