Arouca veste a 5 do Verdão, fala em fazer história e desabafa sobre o Santos

Volante rebateu a carta publicada pela diretoria de seu ex-clube, que o acusou de 'faltar com a verdade', mas chegou a pedir para falar só sobre Palmeiras

Arouca foi apresentado na nova arena alviverde (FOTO: Alan Morici/LANCE!Press)



Arouca, enfim, vestiu a camisa 5 do Palmeiras. O volante foi apresentado pelo diretor de futebol Alexandre Mattos na sala de imprensa do Allianz Parque, pouco antes do jogo inaugural do Paulistão, contra o Osasco Audax, neste sábado. Ele repetiu o mantra de todos os reforços contratados para 2015, elogiou o "projeto" do Alviverde e falou em fazer história, além de fazer um desabafo sobre o Santos.



- Eram três meses de salários atrasados, quatro de imagem, fundo de garantia... Em nenhum momento fiz cara feia. Joguei machucado, com injeção. Depois que o Santos fechou as portas para o diálogo, vi que não estava mais me querendo. Esgotei todas as opções, pedi ao meu empresário para entrar em contato, tanto que ele se reuniu com os dirigentes na primeira semana de janeiro e deixou claro que eu estava incomodado - disse o jogador, que publicou uma carta dizendo que deixava o clube praiano pela porta da frente e recebeu uma dura resposta nesta manhã.



No comunicado do Peixe consta que o atleta jamais procurou o presidente Modesto Roma Júnior ou qualquer outro membro da diretoria, além de acusá-lo de faltar com a verdade. Arouca lembrou que disputou mais de 260 jogos pelo clube, com seis títulos, e afirmou que entrou na Justiça apenas para receber o que lhe era de direito, não para tirar proveito do Santos. No fim das contas, o Palmeiras assumiu a dívida, de R$ 1,4 milhão, ficou com 40% dos direitos do jogador e ainda deixou 40% para o rival e outros 20% para a Teisa (Terceira Estrela Investimentos).



- Aguentei muito tempo calado, todo mundo descendo a lenha. Sou pai de família, tenho contas a pagar. Me dediquei e me doei 110% nas partidas, por isso fiz história no Santos. Respondendo o que o presidente falou na carta, de que eu não tenho palavra, é complicado um presidente assumir um clube, e no primeiro contato com os jogadores, na quinta, dizer que iria pagar na sexta, e não pagar. Não foi pago na sexta, no sábado, no domingo, na segunda. No primeiro contato ele não teve palavra - disse Arouca, que não descarta comemorar gol contra o ex-clube.



- Não vejo problema algum comemorar gol contra o clube anterior. Se eu fizer gol, vou comemorar, sim. Gol é um momento de felicidade, eu não faço muito gol. Por que não iria comemorar? Mas em nenhum momento desrespeitando.



Palmeiras, por favor!



Em um determinado momento da coletiva, Arouca pediu aos jornalistas que perguntassem apenas sobre o Palmeiras. Embora tenha treinado com o fisioterapeuta Fábio Marcelo, conhecido dos tempos de Fluminense, durante o período de indefinição, ele ainda não sabe quando poderá estar em campo:



- Eu gostaria de falar de um momento novo, que é o Palmeiras. O Palmeiras está com o pensamento totalmente diferente. Está montando não um time, mas um grupo forte. Um time ganha uma partida, mas um elenco forte ganha títulos - disse ele, um dos 18 reforços para o ano.



- Não concordo que eu seja a principal contratação. Pelo contrário, sou mais uma contratação. Como falei, um jogador só não vai ganhar campeonato. Um grupo forte, sim. Eu sei da responsabilidade e vou trabalhar, como sempre trabalhei onde passei, para buscar meu espaço. Estou aqui em busca de títulos, para dar alegria aos torcedores. Pretendo fazer história pelo Palmeiras.

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