Em apenas três rodadas do Brasileiro já foi possível perceber qual caminho os paulistas vão trilhar na competição mais difícil e mais desafiadora do calendário nacional. Ao dar uma espiada na tabela já existe um abismo de posições entre o mais bem colocado os outros. E é como devem ser chamados aqueles que não são o Palmeiras . Porque esta é a diferença que salta aos olhos entre o vice-líder do campeonato e seus rivais estaduais. Alguns vão dizer que outro dia mesmo o Corinthians foi campeão paulista sobre o Palmeiras ou que apenas três rodadas não é parâmetro suficiente para prever o futuro. E não é mesmo. Mas pode indicar tendências.
O Palmeiras que, assim como seus rivais locais, empolgava pouco em campo fez sua melhor partida do ano contra seu principal rival: 2 a 0 com sobras e com a sensação ao final da partida de que a diferença no placar deveria ser ainda maior. Paulinho estreou, Vitor Roque quase fez seu primeiro gol (anulado pela arbitragem), Richard Ríos fez as pazes com a torcida e o estádio de Barueri, onde o jogo foi disputado, não foi um problema para o dono da casa (em que pese mais uma vez um público muito baixo). Emiliano Martinez disputa lance com Romero.

O Corinthians , devidamente abatido no dérbi, acendeu novamente o sinal de alerta. Pelas escolhas de Ramon Diaz, pelo desfalque de Garro e pelo futebol nanico apresentado no clássico. Mesmo com o título paulista, a cada tropeço corintiano volta a sensação de que o time é inseguro e entrega menos do que a folha salarial altíssima indicaria.
O São Paulo parece viver uma contagem regressiva infinita pela troca de treinador. Parte da torcida já se desconectou de Zubedía, mas a diretoria ainda resiste. O time dos sonhos quase nunca conseguiu entrar em campo. As contusões de Lucas, Oscar, Pablo Maia e Luiz Gustavo liquidam a tese do time forte e minam o trabalho do treinador. O elenco se mostra fraco e este é o drama tricolor em uma temporada de cofres vazios e rigor máximo no pagamento de dívidas.
