Aranha chega para brigar pela vaga de titular no Palmeiras
Foto: Leandro Martins / Futura Press
Fernando Prass já deixou claro o incômodo só pelo interesse do Palmeiras por outro goleiro, mas Aranha chegou disposto a aceitar a reserva. Na apresentação nesta terça-feira, o novo dono da camisa 25 (que era de Prass até o ano passado) lembrou que, quando atuava pela quinta divisão paulista, não cobiçava um clube grande só para ser titular.
"Tenho que ser bem sincero. Não é uma situação das mais felizes você deixar de ser titular. Você faz todo o trabalho e, na hora boa, do filé, fica assistindo. Mas tenho que respeitar. Quando estava em clubes da quinta divisão paulista, não olhava para um time grande e pensava: 'só vou para lá como titular'. Mesmo se não for titular, quem não gostaria de estar na minha situação?", declarou.
Aranha se sente um privilegiado pela condição que vive atualmente, mesmo com a iminente presença no banco. "Aos 34 anos, abriu uma oportunidade no Palmeiras. Não é pouca coisa, não. Sair de um clube grande como o Santos e vir para outro é para poucos, muita gente boa fica no meio do caminho", disse, sorrindo ao lembrar que escolheu o time alviverde por ser "perto de Pouso Alegre (MG), minha cidade".
Nem o contrato até dezembro o incomoda. "Prefiro três meses no Palmeiras a cinco anos no Pouso Alegre Futebol Clube. Se for do agrado da diretoria e do torcedor eu encerrar a carreira aqui, que seja assim. Se não for, pego minhas coisas e procuro trabalho de novo, mas saio muito satisfeito. Para alguém que foi uma criança como fui, que só sonhava em ser jogador profissional e morou onde morei, só tenho a agradecer por chegar onde cheguei, nada a pedir."
Apesar de tanta humildade, Aranha acredita que pode ser titular. A confiança está em Oswaldo de Oliveira, que solicitou a contratação, e o preparador de goleiro Oscar Rodriguez, principal incentivador dele no Santos, assim como o auxiliar-técnico Luiz Alberto da Silva - todos, hoje, no Palmeiras.
"Não conversei com Oswaldo. Mas pesa bastante chegar a um lugar onde se conhece várias pessoas. Não começo do zero, sabem o que posso fazer e render. Pode não ter espaço para o Aranha ser titular no Palmeiras, mas posso ajudar no grupo", falou, já se colocando à disposição para enfrentar a Ponte Preta na quinta.
O importante é negar qualquer desentendimento com Fernando Prass. "O que precisa mudar no futebol é enxergar o adversário como inimigo. Por isso tem briga e confusão. Somos profissionais. É algo normal no futebol. E sei que dão uma forçada até sair uma vírgula", ensinou o também veterano e provável reserva do camisa 1.
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