Se existe ressaca no futebol, a demonstração perfeita do que é isso aconteceu na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, graças ao Palmeiras. Três dias depois da eliminação no Paulistão, a equipe voltou a campo para enfrentar o Vilhena, pela Copa do Brasil. A vitória por 2 a 0, com gols de Bruno César, classificou o Verdão para a segunda fase. Mas a atuação, apática e desanimada, foi muito decepcionante.
Agora, o Alviverde espera o ganhador do duelo entre Interporto, do Tocantins, e Sampaio Corrêa, do Maranhão, que empatarm em 2 a 2 no primeiro jogo, e se enfrentam no dia 9. E se não quiser repetir os problemas que teve contra o Vilhena, Gilson Kleina precisará fazer o time melhorar muito.
Sobraram erros e falhas, tanto no ataque como na defesa. Até bola na trave o adversário teve quando a partida estava empatada. O desânimo foi nítido na equipe, que sofreu para conseguir vencer um adversário muito inferior tecnicamente. O fantasma de um possível vexame passou, mas a péssima partida não pode ser esquecida.
Agora, Kleina terá tranquilidade para treinar o elenco. O próximo compromisso será apenas no dia 20, contra o Criciúma, na estreia no Brasileirão. Tempo de sobra para fazer muita coisa melhorar e apagar a atuação desta quarta. Ao Vilhena, resta lutar pelo título do Campeonato Rondoniense, no qual está na segunda posição. E se orgulhar de ter feito frente a um dos grandes do futebol nacional.
Bruno César comemora um de seus gols e é abraçado por Miguel (Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com)
Primeiro tempo duríssimo
Qualquer torcedor do Palmeiras tinha o direito de ignorar o jogo desta quarta, ainda mais após a eliminação no Paulistão. Os jogadores, não. Mas foi difícil esconder o desânimo e a apatia em um Pacaembu praticamente vazio, contra um adversário bem mais fraco.
Mas, por mais incrível que possa parecer, o Vilhena igualou as forças com o Verdão na etapa inicial e teve até chances de abrir o placar. É verdade que, quando colocou a bola no chão, o Alviverde chegou até com certa facilidade e pecou na hora da finalização. Mas os sustos foram desnecessários.
A defesa colaborou muito pra isso. Lúcio e Wellington abusaram dos erros de passes, oferecendo contra-ataques ao adversário que, com um pouco mais de qualidade, poderia ter causado estrago maior. Não é exagero dizer que faltou vontade e ânimo ao Palmeiras. As tímidas vaias da torcida ao término da etapa final foram mais do que merecidas.
A salvação
Bronca no vestiário, alteração na volta ao gramado, apoio da torcida... Nada adiantou para melhorar o Palmeiras no segundo tempo. E parecia que nem uma palestra motivacional ou algo do tipo daria jeito, tamanha a apatia da equipe no Pacaembu.
Os erros foram os mesmos - às vezes até maiores. No ataque, passes sem sentido, chutes tortos e perdas de bola. Nos poucos acertos, o goleiro Dalton apareceu. Na defesa, falhas na marcação e individuais, que geraram perigo ao gol de Bruno. Até rolinho de Edilsinho em Eguren teve. E bola na trave, em cabeçada de Tayrão. O inacreditável quase aconteceu.
Os dois gols de Bruno César, a partir dos 27 minutos, só confirmaram o que já era óbvio: a classificação do Palmeiras. O que estava fora do trivial eram os sustos, os problemas e a falta de vontade da equipe. O Verdão está na segunda fase da Copa do Brasil. Que o que aconteceu na primeira sirva de lição, para não se repetir no futuro.
Disputa de bola dentro da área durante o jogo desta quarta-feira (Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com)
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