Foto: Marcos Ribolli
Com uma apatia muito grande e bagunçado taticamente, o Palmeiras fez o mínimo necessário para vencer o Vilhena por 2 a 0 nesta quarta no Pacaembu e garantir a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil.
O resultado não faz a eliminação no Paulista ser esquecida, mas pelo menos evita um clima ainda mais turbulento para a equipe, que só vai voltar a jogar dia 20 de abril, pelo Brasileiro, contra o Criciúma.
Antes do jogo, membros das organizadas protestaram xingando o time, a diretoria e a torcida "comum", que compareceu em pequeno número. "Paulo Nobre, vai se f...,, sou palmeirense e estou cansado de sofrer", foi um dos gritos dos torcedores, que ao invés de cantar os nome dos jogadores que iriam atuar, como sempre fazem, gritaram os dos atletas que fizeram parte do time campeão da Libertadores de 1999.
Os jogadores entraram em campo apáticos. Todos cabisbaixos, como se não quisessem estar lá. Com a bola rolando, muitos erros de passes e sustos na torcida.
Gilson Kleina resolveu escalar o time com dois volantes e um zagueiro na lateral. Mais do que vencer bem e amenizar a crise, passou a impressão de que estava preocupado mesmo era em garantir seu emprego, já que o empate dava a classificação.
Como esperado, o time não evoluiu nem criou boas jogadas. Restava torcer por lampejos individuais, algo que aconteceu muito pouco.
A grande chance da primeira etapa aconteceu aos 35, quando Mendieta tocou de calcanhar para Marcelo Oliveira, que deu um corte seco no zagueiro e bateu forte. Dalton fez a defesa e Leandro não aproveitou a sobra.
No outro lado do campo, o Vilhena criava coragem para tentar tirar proveito da desorganização palmeirense.
Assim, partiu para cima e arriscou chutes de fora da área, talvez acreditando que Bruno pudesse falhar mais uma vez. Na beirada do campo, Kleina se esgoelava de tanto gritar, pedindo vontade e atenção. Ninguém dava bola para ele.
Na volta para a segunda etapa. o técnico corrigiu parte do erro na escalação na volta para a etapa final e colocou Serginho no lugar de Wellington, recolocando Tiago Alves na zaga - como havia feito durante o treinamento de terça-feira.
O time mostrou um pouco mais de vontade, mas a ansiedade atrapalhava na hora de finalizar.
O Vilhena teve duas oportunidades claras de marcar. Em uma, Bruno defendeu com o pé depois de falha de Lúcio, e na outra a bola foi na trave.
O Palmeiras só melhorou com a entrada de Marquinhos Gabriel no lugar de Mendieta. Ele deu mais velocidade à equipe e passou a abrir espaços na defesa do Vilhena com seus dribles. E de uma grande jogada sua saiu o primeiro gol.
Aos 27 minutos, ele desceu pela direita, passou por seu marcador, foi à linha de fundo e rolou para trás. Bruno César chegou livre e bateu de primeira no canto direito. Cinco minutos depois, Bruno César marcou de pênalti.
Na próxima fase, o Palmeiras pega Sampaio Correa ou o Interporto-TO. No primeiro jogo, houve empate por 2 a 2 em Tocantins.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 2 x 0 VILHENA
PALMEIRAS - Bruno; Wellington (Serginho), Tiago Alves, Lúcio e William Matheus; Eguren, Marcelo Oliveira (Josimar), Bruno César e Mendieta (Marquinhos Gabriel); Leandro e Miguel. Técnico - Gilson Kleina.
VILHENA - Dalton; Portela, Júnior, Alex Barcellos e Maycon (Tiago Silva); Marinho (Tayrão), Carlinhos, Cucaú e Edilsinho; Sandro Costa e Jal (Roallasse). Técnico - Birigui.
GOL - Bruno César, aos 28, e (de pênalti) aos 32 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Wanderson Alves de Sousa (MG).
CARTÕES AMARELOS - Eguren, Leandro, Bruno César, Dalton Tayrão, Junior, Edilsinho e Carlinhos.
RENDA - R$ 124.950,00.
PÚBLICO - 4.430 pagantes.
LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
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