Na época, a ESPN informou que a chance de Cristiano Ronaldo aceitar uma “aventura” de vir ao Brasil por uma ida ao intercontinental era tida por fontes próximas ao atleta como “improvável” . A primeira razão, claro, tem relação direta com as finanças. Na Arábia Saudita, o astro tem rendimentos anuais na casa de 200 milhões de euros (quase R$ 1,3 bilhão), sem contar prêmios e bônus previstos em contrato. O Mundial, claro, seria uma competição que seduziria o jogador, mas, a relação de negócio construída na Arábia Saudita, onde ele é peça-chave de um projeto de desenvolvimento esportivo no país, fez com que até o Al Hilal surgisse como um possível destino antes de qualquer brasileiro.

Segundo apurou a reportagem na época, houve a oferta, através de intermediários, para que CR7 defendesse o Al Hilal, ex-time de Neymar e Jorge Jesus , mas o clube negou imediatamente essa possibilidade. Diante disso, apesar de Cristiano Ronaldo ter contrato apenas até o final de maio com o Al Nassr e dos incômodos com o projeto esportivo, o cenário mais próximo era o de uma renovação de vínculo. No novo contrato proposto pelo Al Nassr, CR7 deverá receber 5% das ações do clube, o que multiplicaria seus ganhos ao longo da temporada. O vínculo seria prorrogado por um ano, com a possibilidade de extensão por mais um no futuro, o mantendo como principal rosto do futebol local de olho na Copa do Mundo de 2034, que será disputada na Arábia Saudita.

A respeito de uma suposta vinda ao Brasil ou à América do Sul caso optasse por deixar o Al Nassr, Cristiano Ronaldo falou abertamente sobre “convites”, mas ressaltou que precisava “pensar a curto, médio e longo prazo”. "É irrelevante, no momento não faz sentido falar de outras coisas além da seleção”, iniciou. "Houve muito contato [de clubes], vejo coisas que fazem sentido, outras que não. Não dá para ir a todos [os clubes], é preciso pensar a curto, médio e longo prazo”. “É algo que está praticamente decidido da minha parte, que é não ir para o Mundial de Clubes, mas já recebi muitos convites”.

Um dos clubes que sondou a situação de Cristiano Ronaldo foi o Fluminense . Na última semana, em entrevista ao podcast Setor Sul , Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, revelou que chegou a sondar a situação do craque português, mas que o camisa 7 negou o desejo de atuar no Brasil. “Falando novamente em ideia, em projeto, eu tenho uma relação, que não é próxima, mas eu ligo e me atende, que é o Jorge Mendes. Foi o empresário do Cristiano Ronaldo a vida inteira, hoje não é”. “Falei com esse empresário para saber o que ele achava dessa possibilidade. É tudo projeto. Liguei para ele e queria saber se existe alguma possibilidade de o Cristiano Ronaldo jogar o Mundial de Clubes”, disse.

“Ele foi muito claro comigo e disse que não tem interesse nesse momento em jogar no futebol brasileiro. Falei que o Fluminense tem as cores da bandeira de Portugal, seria legal jogar no Brasil, seria um sonho para a nossa torcida. Dizer que a gente colocou proposta na mesa (não foi)”, seguiu. Ainda na coletiva de imprensa antes da final da Nations League, Cristiano havia revelado também que recebeu um convite de um time da Argentina para disputar o Mundial de Clubes . "Você sabe que tenho muito carinho pela Argentina. Minha esposa é da Argentina. Como eu poderia não ter carinho? São nove anos juntos. Tenho um carinho muito especial e recebi convites para jogar o Mundial de Clubes com um clube da Argentina. Nunca se sabe”.

“O tempo está aí. Já tenho 40 anos. Nunca posso dizer que dessa água não beberei, mas é muito difícil. O que posso dizer é que gosto muito. Nunca fui à Argentina, mas quero ir. Tenho muito carinho com os argentinos”, disse o astro na época. Após toda a “novela” envolvendo uma possível saída de Cristiano Ronaldo do Al Nassr, resta agora aguardar a oficialização da extensão de contrato por parte dos sauditas e ver como será o futuro do astro ainda no Oriente Médio.