No empate contra o Inter Miami, o Palmeiras enfrentou um adversário com postura bem familiar. Conhecedor das fraquezas de sua equipe na temporada, Javier Mascherano trabalhou muito bem. Montou praticamente um time de CONMEBOL Libertadores para enfrentar o mais competitivo time o Brasil. Dos 11 titulares, 9 eram sul-americanos. Apenas Sergio Busquets e Allen não haviam nascido no nosso continente. Acertou em cheio ao optar por Frederico Redondo como volante. Manteve suas duas linhas de marcação muito próximas e permitiu pouco ao Palmeiras. A partir dessa postura defensiva, que se manteve sólida por 80 minutos, permitiu ao seus dois gênios que dessem show no Hard Rock Stadium.

Messi desfilou seu talento nos espaços vazios, acertando 57 dos 63 passes que deu e quase marcando um golaço. Já Suárez foi mais objetivo. Uma assistência atropelando Gustavo Gómez e um tremendo gol no segundo tempo. Que prazer vê-los de perto jogar e que dificuldade o Palmeiras encontrou para bloquear seus domínios. O jogo do Verdão, durante quase todo o tempo, foi de tentar agredir mas esbarrar na escassez de criação.

Abel novamente apostou em Veiga e não teve resultados. O natural seria Mauricio iniciar. O camisa 18, mais uma vez, veio do banco e ajudou a equipe a pontuar no torneio. O time viveu, a maior parte do tempo, de jogadas laterais buscando cruzamento. Ofensivamente foi pouco. Apesar das 22 finalizações que as estatísticas mostram, Ustari só foi ter trabalho mesmo nos últimos dez minutos. E aí vieram os gols de Paulinho e Maurício, que deram ao time o status de primeiro do grupo.

Mesmo classificado, o que preocupa no Palmeiras é a inconsistência da equipe no torneio até aqui. O bom futebol mostrado contra o Porto não foi visto contra o Al Ahly. O desempenho apenas regular mostrado contra os egípcios, deu vez a um time pouco criativo, que se mostrou ansioso e que quase perdeu para o Inter Miami jogando pior que seu adversário. Agora, um novo duelo com o Botafogo. Condição de igualdade em uma nova disputa com o rival do Brasileiro 2023 e da Libertadores 2024. Em termos de desempenho, o time carioca fez uma fase de grupos melhor. Mas sabemos como é o Palmeiras nesse tipo de jogo. Forte e resiliente. Coletivamente, o time precisa encontrar melhores caminhos para agredir e Abel precisa respeitar mais o momento dos jogadores na hora de fazer as escolhas individuais.

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