Organização tática do Corinthians decidiu contra Palmeiras, que precisa de tempo

8/2/2015 21:45

Organização tática do Corinthians decidiu contra Palmeiras, que precisa de tempo

Tanto no último jogo, que você leu aqui, como no primeiro clássico do Allianz Parque, a organização e obediência tática do Corinthians decidiu. E o Palmeiras precisa de tempo para transformar os 19 reforços e a badalação em uma equipe de futebol.



A pressão e expectativa pós-Derby fez o time da casa ir pra cima. Oswaldo optou por manter a intensidade com Maikon Leite, mais apto fisicamente que Dudu. Opção certa. Allione reprisou a dobradinha com Zé Roberto pela esquerda do 4-2-3-1, de onde saíram boas chances nos 10 iniciais de 60% de posse palestrina.







Manter a forte pegada também era o objetivo de Tite. Por isso promoveu a entrada de 6 titulares e mudou: o 4-1-4-1 deu lugar ao 4-2-3-1, com Petros aberto na direita e Mendonza buscando o drible no lado oposto. Danilo podia inverter com Guerrero ou recuar para armar o jogo.







Depois da pressão dos 15 iniciais o Corinthians equilibrou as ações e acionou Mendoza, que ganhou todas de Lucas (Tite já havia elogiado sua vitória pessoal, o "1x1) e Guerrero, que arrastava marcadores e abria espaços. Como Amaral marcava individualmente Danilo, Guerrero puxava Tobio e sobrava Bruno Henrique, que soltou uma bomba na trave.







Com o jogo intenso e pegado, o Palmeiras não conseguia prender a bola no ataque - o famoso bate e volta. Era preciso calma, por isso o time colocou "bola no chão" e Gabriel foi fazer a saída lavolpiana, organizando o jogo. Mas o Corinthians foi inteligente, pressionou Vitor Hugo e o induziu ao erro.







Observe como Guerrero e Petros são mais velozes, ou melhor, mais intensos que os zagueiros. Essa palavra na moda explica a rapidez que o gol saiu: pressione, fecha espaços, rouba e parte em velocidade ao gol. Danilo, novamente decidindo em clássicos.







A adversidade no placar mexeu com o Palmeiras, que não equilibrou o jogo. Muito porque o Corinthians continuava organizado e aproveitava da marcação individual do adversário. É o famoso "cada um pega o seu". Mas e quando algum jogador rápido dribla (como Mendoza) ou o centroavante se move (como Guerrero)? Isso abre espaços, tão importante no futebol moderno.







Cássio foi expulso em lance de "cera", o que só animou o clássico. Tite tirou Guerrero e repaginou o Timão num 4-4-1 muito compacto. Oswaldo lançou Dudu pela esquerda do 4-2-3-1 e foi buscar a velocidade na segunda etapa, tentando o drible do camisa 7 para fugir da intensa marcação corintiana.







Mas sem resultados, novamente pela obediência tática do Timão. Observe como o portador da bola (Zé Roberto) não tem opção de passe porque todos os palmeirenses estão marcados, sem buscar as entrelinhas (os espaços livres). E como o Corinthians se porta num 4-4-1 fechado, em 20 metros, organizado, com apenas 91 passes trocados e 6 dribles. O panorama não mudou.







O futebol mudou. Saem os craques e dribles, e entra ele, o espaço. Futebol hoje é a ocupação inteligente de espaços, e o Corinthians ocupa-os melhor do que ninguém. Na coletiva, Tite citou a periodização tática como fator preponderante, treina situações de jogo e tem um time rapidamente definido.



Oswaldo explicou o cansaço de quinta por Dudu no banco e que tinha só Maikon para realizar a função. Foi certa a escolha. Ele também disse que o entendimento tático e condicionamento físico da equipe demorarão a aparecer. O Palmeiras tem elenco, técnico e planejamento. É preciso paciência para transformar isso num time que dê resultados.







7959 visitas - Fonte: Globo Esporte

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