O Palmeiras precisou montar um elenco inteiro.
É claro que no meio de tantas contratações, haverá decepções e surpresas positivas.
O treinador precisa testar formações e jogadores.
Seria atípico começar e terminar o campeonato com os titulares.
Oswaldo de Oliveira em tese errou ao iniciar o clássico com Maikon Leite e deixar Dudu na reserva.
Não afirmo que de fato houve a falha, pois precisaria saber o estágio de preparação do ex-gremista para fazer tal afirmação.
Dudu não é brilhante, mas tem potencial para evoluir e futebol superior, hoje, ao do titular no dérbi.
O treinador, na modorrenta primeira fase do paulistinha, tem que priorizar a preparação do time.
Não pode perder jogadores por caprichos de momento.
O 4-2-3-1 com Amaral e Gabriel de volantes, Allione, Robinho e Maikon Leite na criação e Leandro Banana de centroavante, é digno de um time que ficará ou na parte de baixo ou no meio da tabela de classificação no Brasileirão.
Mas, com Arouca, Cleiton Xavier e Valdívia, o nível técnico é outro, a qualidade do passe aumenta muito e consequentemente a de manutenção da bola, a de criação e a de alguém pensar o jogo.
Isso fará, se houver entrosamento, outros atletas com potencial de crescimento melhorarem.
Allione e Dudu, por exemplo, se enquadram neste perfil.
Há outros boleiros que não estrearam e podem brigar pela titularidade.
Em suma:
O palmeirense precisa ter paciência.
De vez em quando o entrosamento de uma equipe é rápido, mas a avaliação técnica pede prazos racionais, normais, até os acertos acontecerem.
O técnico deve montar o time pensando na melhor forma para os que podem desequilibrar, e ainda não entraram em campo na temporada, jogarem.
O trabalho dele apenas começou.
Entendo as dúvidas de vários palmeirenses a respeito das decisões do comandante.
Em vários times montou sistemas ofensivos fortes e defensivos vulneráveis.
O Botafogo, penúltimo time que dirigiu, com Seedorf, que exerceu importante liderança durante os jogos, era equilibrado.
E no Santos, clube anterior do técnico, teve muito mais acertos que falhas.
No Palmeiras tem a chance de confirmar que agregou novas virtudes, tal qual parece, durante a passagem pelo futebol nipônico.
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