Zagueiro aprendeu a lição, mas viu Tobio quase também transformar recuo em gol adversário
Vitor Hugo foi o vilão do Derby de domingo ao tentar recuar a bola para Fernando Prass e acabar dando o passe para o gol da derrota do Palmeiras. No jogo seguinte, nessa quarta-feira, o zagueiro trocou o toque para o goleiro por um chute pela lateral, ganhando aplausos da torcida e sorrindo por mostrar que aprendeu a lição.
“Teve um lance parecido e, em vez de recuar para o Fernando, dei uma bicuda para a lateral. Foi seriedade total. Foi uma oportunidade que soube aproveitar”, falou o recém-contratado jogador, ciente de que fez uma atuação mais firme e convincente na vitória sobre o Rio Claro.
“Tive a oportunidade de me redimir”, comemorou, mais tranquilo para dar entrevista do que após o clássico do fim de semana. “Ah, cara, domingo não dava para falar, não. Estava com a cabeça quente, não ia ficar legal. Espero que a torcida, mais uma vez me desculpe, por domingo. Sei que foi difícil, mas estou aqui para ajudar”, comentou.
Diante do Rio Claro, quase que Tobio também precisou se desculpar. No primeiro tempo, dois recuos do argentino para Prass levaram real perigo. “Você viu, rapaz? É coisa do futebol, todos em campo estão sujeitos a isso. Mas, graças a Deus, não saiu o gol”, lembrou Vitor Hugo, admitindo o susto.
Prass, porém, tenta minimizar os erros. “É só calibrar um pouquinho o passe, mas não tem que ajustar. Contra os chineses, no nosso primeiro jogo, recuaram umas 20 bolas para mim e erraram duas. O erro faz parte do futebol.
Se tivesse o erro em todas as bolas recuadas, tudo bem... Mas não dá para ficar criando fantasma e dizer que é deficiência porque erraram em uma bola e saiu o gol. É só tomar mais cuidado e dar o passe mais firme”, simplificou o goleiro.
Mas as falhas preocupam, como analisou Oswaldo de Oliveira.
O treinador, porém, tem total confiança na linha defensiva formada por Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto, tanto que só não a usou quando poupou Zé Roberto, diante da Ponte Preta, e não vai mudá-la.
A ideia, agora, é diminuir o prejuízo da falha de Vitor Hugo no time. “Foi um reflexo claro do jogo de domingo, gera instabilidade. Não tivemos tempo para reposicionar.
Mas o único compartimento que estou tentando não mexer é justamente a defesa porque é nosso alicerce, nossa base. Isso acontece até pelo desgaste de já terem encarado seis jogos, contando amistosos”, indicou o treinador.
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