Boa vitória marcada pelo excesso de preciosismo

Zé Roberto chegou a jogar no meio-campo (Foto: Reginaldo Castro)



O Palmeiras ganhou bem, mas poderia ter vencido muito mais fácil. A equipe jogou durante boa parte do jogo no campo de ataque do rival e rodou bem a bola, mas pecou pelo excesso de preciosismo.



Robinho, Alan Patrick, Allione…em muitas das jogadas das quais o trio participou, especialmente no 1 tempo, havia um corte a mais, a tentativa de mais um drible, uma jogada mais plástica.



É uma característica deste time tentar jogadas individuais, dribles, mas os palmeirenses erraram na dose. Algumas tabelas pareciam promissoras, mas a falta de entrosamento ainda pesa e jogadas deste tipo saíram com dificuldades.



Em muitos momentos a torcida ficou impaciente, mas aplaudiu quando as jogadas foram eficientes. Alan Patrick, um dos que mais “enfeitou”, foi decisivo ao dar duas boas assistências nesta quarta à noite.



A falta de sintonia foi um problema também na defesa. Contra o Corinthians, no domingo, o time perdeu graças a uma bola recuada errada por Vitor Hugo, que se recuperou. Ainda assim, mais uma vez o Verdão sofreu com lances assim.



Faltou em alguns momentos convicção a um Palmeiras que contou com boas atuações de jogadores como Gabriel e Cristaldo, que se mostra mais adaptado do que Leandro Pereira a este time que se movimenta bastante na frente.



Com a vitória encaminhada, Oswaldo aproveitou para testar Zé Roberto no meio, opção pouco trabalhada neste 2015, mas que vale ser usada mais vezes, especialmente sem Valdivia e Cleiton Xavier – o camisa 11 pode ser um bom complemento a Alan Patrick, que não é um meia clássico, mas tem boa técnica. Sobrou tempo até para o gol de Rafael Marques. Vitória segura.



Depois de duas derrotas, nada melhor do que vencer por boa margem. Mas é claro que a sintonia fina ainda não apareceu. O Palmeiras continua precisando de tempo.

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