Cristaldo abriu o placar na vitória sobre o Rio Claro (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press)
Cristaldo está há apenas seis meses no Palmeiras, mas se diz adaptado ao clube. Um dia depois de marcar na vitória sobre o Rio Claro, sua primeira partida como titular no Paulista, o camisa 9 chamou a atenção pelo bom humor durante a entrevista coletiva desta quinta, na Academia de Futebol. À vontade, o argentino tem sido até mentor no vestiário, e ainda não entendeu por que tornou-se um xodó da torcida em tão pouco tempo:
- É um pouco estranho ver o torcedor gritando meu nome, mas só tenho agradecimentos à torcida. Desde que cheguei sempre me demonstraram muito carinho. Quando você chega a um time novo, tem que ganhar para ser conhecido, achei estranho. No primeiro, segundo jogo, já falavam meu nome. Minha esposa via e perguntava: "o que você fez para eles?". E eu dizia: "ainda não fiz nada (risos)". Mas eu fico muito feliz com este carinho - disse.
O jogador de 25 anos mostrou-se bem mais ambientado ao Verdão depois de passar por um início complicado, correndo o risco de cair para a Série B. Passada a angústia, Cristaldo tem papel importante no vestiário, como se fosse um veterano no clube. Ele é um dos mais próximos da aposta Gabriel Jesus, quem o hermano já havia elogiado na quarta, e trata de aproximar o garoto de 17 anos do restante do grupo.
- Eu fui também um menino no Vélez (ARG), quando cheguei aos 17 anos, então sei o que ele está passando. No vestiário eu não falava com ninguém, e a gente agora tem que fazer amizade, e aqui tem de tratar de adaptá-lo mais fácil, brincar. Eu gosto muito de brincar, e falo com ele, brincamos muito, e isto é bom para nós todos. Eu até o chamo de o menino de ouro, é um jogador de muita qualidade - acrescentou.
Cristaldo, autor de cinco gols em 24 partidas pelo Verdão, chegou ao Verdão com o apelido "Churry", por ser fã de churrasco. Mas desde sua chegada, o atacante descobriu outra comida brasileira, que rendeu até puxão de orelha da nutricionista do clube, Alessandra Favano.
- Mais que churrasco não achei (algo que goste mais no Brasil). Mas como pão de queijo, o feijão estou gostando muito. A Alê, nutricionista, fica até falando: "Cristaldo, para com o feijão", mas é gostoso - justificou o "quase brasileiro".
- Estou muito adaptado ao Palmeiras, a São Paulo, e ao estilo de jogo do Brasil. Mas ainda falo muito ruim (risos). Falo como índio (risos). Mas assim a gente aprende também. Teve o professor (de português) Michel, que estava no Metalist com o Cleiton e comigo, e sempre falava um pouco de portunhol, e agora está aqui no Palmeiras. Acho que nós (argentinos) ainda podemos dar muito aqui - encerrou.
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