Atacante de 17 anos só foi inscrito no Paulista porque documentação de Cleiton Xavier não pôde ser legalizada
Em meio às 19 contratações que recebeu, Oswaldo de Oliveira lida com uma pressão particular no Palmeiras. Astro do time que chegou à semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior, Gabriel Jesus teve uma negociação complicada para renovar e é idolatrado por alguns torcedores, que pedem sua utilização no time principal. Mas o técnico ainda prefere preservar o atacante de 17 anos.
“Quem tem que medir isso sou eu mesmo. É uma ansiedade natural, mas a responsabilidade da avaliação é minha. Vou respeitar todas as fases porque não adianta fazer nada de forma prematura ou apressada. Em que pese toda a manifestação, preciso ser coerente”, explicou o treinador.
O jogador só foi inscrito no Campeonato Paulista porque a documentação de Cleiton Xavier não ficou legalizada a tempo, como admitiu Oswaldo de Oliveira. Mas a estreia profissional do camisa 33 não deve demorar muito a acontecer. Depende mais do próprio jovem atleta.
“Não é muito cedo para pensar na estreia do Gabriel Jesus. É uma coisa muito involuntária, não depende muito da minha vontade. Depende da adaptação dele e de sentirmos ser o momento para lançá-lo. Estamos observando, é um compromisso da comissão técnica. Espero ter a sensibilidade de fazer a opção no momento mais preciso”, comentou.
Gabriel Jesus já chegou a ser relacionado para ficar no banco do time principal em agosto, durante a curta passagem do técnico Ricardo Gareca no clube. Depois disso, voltou a treinar nas categorias de base enquanto ocorria a complicada negociação para sua renovação e chamou ainda mais atenção ao bater recorde com 37 gols em 22 jogos no Campeonato Paulista sub-17.
Em dezembro, o atacante assinou contrato de três anos, renováveis por mais dois. Nesta condição, liderou o time na Copinha, marcando cinco gols e aumentando seu prestígio ao ser chamado para treinar com os profissionais.
Agora, conta com a experiência de Oswaldo de Oliveira para estrear na hora certa.
“Não gosto de falar de mim, mas tenho 40 anos de experiência no futebol. Trabalhei 11 anos no mesmo clube no Catar, vi jogador começar, parar, se tornar meu auxiliar e trabalhar na base do clube. Com essa experiência, aprendi a reconhecer o momento bom do jogador”, indicou o técnico.
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