Atacante argentino começou o ano pensando em sair, mas passou a sorrir com gols e chances como titular
Cristaldo foi o único dos quatro argentinos contratados no ano passado a não fazer nenhuma manifestação contra o técnico Dorival Júnior, e agora simboliza a adaptação de seus compatriotas no Palmeiras. Mais aberto a relacionamentos na avaliação de Oswaldo de Oliveira, o atacante conquistou o técnico também pelo que faz com a bola nos pés.
“O Cristaldo, erroneamente, foi interpretado aqui como jogador de lado. Ele jogava assim no ano passado porque tinha o Henrique também fazendo gols, mas é um jogador de área e tem demonstrado isso”, disse o treinador, sorrindo na comparação com o outro argentino titular no setor ofensivo. “Eles têm perfis diferentes. Enquanto o Allione é muito arredio e tímido, o Cristaldo é mais saidinho, mais fácil de relacionar.”
Os elogios comprovam a mudança da condição do camisa 9. Comprado por R$ 8 milhões em agosto, Cristaldo tem contrato até julho de 2018, mas ficou tentado com o interesse do River Plate em tê-lo na Libertadores deste ano. O atacante, porém, fez gol nos dois amistosos da pré-temporada e, na primeira chance como titular, balançou as redes contra o Rio Claro. No sábado, ainda deu a assistência para Dudu garantir o triunfo sobre o São Bento.
“A disputa no ataque está ótima. Tenho quatro jogadores, e os quatro com características diferentes. Pode até não ser decisivo, mas, se cada um estiver bem em um momento, dá sempre uma coisa muito boa para o time. Pena que o Mouche se machucou”, falou Oswaldo, citando Leandro Pereira, Rafael Marques e Gabriel Jesus como opções. “Mas, se me trouxerem o Ibrahimovic, é claro que vou aceitar”, brincou.
A fase de Cristaldo comprova a adaptação argentina no Verdão. O cenário atual é bem diferente do visto no fim do ano passado, quando Mouche e Tobio (outro argentino que é titular com Oswaldo) reclamaram publicamente de Dorival Júnior e Allione divulgou mensagens xingando o técnico em seu Twitter.
“Vejo um crescimento muito grande, mas sem nenhuma relação com o que se passou antes. Eles precisam dessa adaptação e, infelizmente, foi em uma fase sem muito sucesso. É um processo em desenvolvimento que começou com o Ricardo Gareca, depois com o Dorival Júnior e procuro dar continuidade. Quanto mais tempo passar, vão se sentir cada vez mais adaptados”, simplificou Oswaldo.
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