Jovem volante mostra qualidade e vitalidade para ralar e permitir que colegas ataquem com segurança
A programação para dar condições físicas a Arouca, Cleiton Xavier e Valdivia deixa o Palmeiras próximo do meio-campo que torcedores julgam ideal e que Oswaldo de Oliveira tende a concordar.
Para completar esse quarteto, a função de correr para marcar e iniciar a saída de bola fica com Gabriel, que já tem mostrado intensa movimentação para deixar Robinho, Alan Patrick e Allione atacarem atualmente.
“Alguém tem que carregar o piano”, sorriu o técnico, ao falar do volante que conhece desde o Botafogo. “O Gabriel é uma figura diferente, um garoto realmente especial. Tem muita vitalidade e participação. Em determinados jogos, essa sobrecarga é até legal porque ele se sai muito bem com a participação mais ativa.”
O projeto de Oswaldo não prevê Gabriel apenas marcando. Sua ideia é que ele e Arouca se alternem na subida ao ataque e recomposição, como fez com Rincón e Vampeta no fim da década passada, à frente do Corinthians. A aposta se explica pela vivência do meio-campista de 22 anos.
“O Gabriel pode, inclusive, atuar como segundo volante, como fazia ao lado do Marcelo Mattos no Botafogo.
Está em seu quarto ano como profissional e vem aprendendo bastante, convivendo com jogadores como o Renato, hoje no Santos, e trocando muita experiência e argumentação. Está aprendendo muito e tem muito para crescer”, indicou, ressaltando a qualidade como fator para definir seu meio-campo.
Existe até a possibilidade de Robinho ser mantido na equipe, formando uma trinca de volantes com Arouca e Gabriel. “Um ou outro precisará de adaptação, vamos ver a combinação e a adequação da forma de atacar com a de defender. Mas o mais importante são a técnica e o passe. No momento certo, terei a sensibilidade de escolher o que for melhor”, comentou, convicto no seu critério.
“Jogador de futebol precisa ter qualidade, ainda mais no coração do time. Vou sempre privilegiar isso no centro do campo, onde as coisas se iniciam, porque marcar qualquer um consegue, só depende de cabeça, coração e pernas.
Estimulo inclusive os zagueiros a jogar porque zagueiro que só rebate não dá mais. Impossível é jogar como o Pelé”, declarou Oswaldo.
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