Não é segredo para ninguém que tem acompanhado o início da temporada dos clubes grandes que o Palmeiras foi, de longe, o que mais contratou. De dezembro até hoje, 19 novos atletas desembarcaram no clube. Com tantas caras novas, o técnico Oswaldo de Oliveira (aliás, também uma novidade) se viu num desafio: como entrosar tanta gente em pouco tempo? A resposta ele mesmo identificou: padrão tático.
Parece óbvio até, mas o treinador tem levado a ferro e fogo essa tese. Não apenas tem mantido o esquema do time titular, como tem treinado os respectivos reservas no mesmo 4-2-3-1. Esquema este, aliás, que foi relativamente bem-sucedido em seus anos de Botafogo, onde conquistou um Campeonato Carioca e classificou o clube a uma Libertadores depois de dezoito anos de ausência.
A ideia de colocar os 22 trabalhando da mesma forma é diminuir o impacto nas trocas que serão necessárias ao longo deste período de adaptação. Arouca, Cleiton Xavier e Valdivia, por exemplo, ainda não estrearam e provocarão mudanças significativas no esqueleto do time.
Na última sexta, por exemplo, o técnico separou o time titular em metade do campo e a reserva na outra metade. Os dois times eram obrigados a trocar passes da mesma forma e executarem a mesma jogada. O treinador ia de um lado para o outro, gritando e gesticulando, com mais energia do que o comum, orientando todos os atletas, de modo que todos estejam acostumados com seus respectivos posicionamentos quando entrarem em campo para valer.
Mesmo por conta disso, o comandante vem mostrando tranquilidade no trabalho e nem se preocupa em acelerar a estreia de suas principais estrelas por enquanto.
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