Torcedor palmeirense morto foi enterrado sem presença de torcedores organizados
A Justiça de São Paulo negou pedido de revogação de prisão preventiva que mantém na cadeia torcedores do Santos e do Palmeiras envolvidos em briga, que resultou na morte de um torcedor palmeirense, ocorrida no KM 17 da Rodovia Anchieta - que liga a capital paulista ao litoral - no dia 19 de outubro do ano passado.
Assim, os nove acusados de associação para o crime, incitação à violência e criação de tumuto permanecerão presos até julgamento, sem data marcada. Um dos santistas presos, acusado de ser o condutor do carro que atropelou e matou o torcedor palmeirense Leonardo da Mata Santos, de 21 anos, também segue preso, respondendo por homicídio.
De acordo com decisão judicial proferida na semana passada, "é fato que a conduta imputada aos réus demonstra personalidade e conduta social não consoante ao convívio em liberdade".
No episódio em que se deram os supostos crimes, segundo os autos do processo, "cerca de cem torcedores palmeirenses, integrantes da 'Mancha Verde', tentaram bloquear a passagem (de dois ônibus com torcedores da Torcida Jovem do Santos), invadindo a pista. Os torcedores do Palmeiras estariam em poder de 44 pedaços de pau, cinco rojões, seis pedregulhos e uma faca de cozinha."
No entendimento da Justiça paulista acerca das ocorrências, a tocaia perpetrada pelos palmeirenses "foi minuciosamente planejada", pois ocorreu em rodovia com grande fluxo de veículos, "tendo os indiciados conseguido abordar exatamente o ônibus que transportava seus desafetos".
Diante do tumulto provocado, em tese, pelos réus e outros inúmeros torcedores palmeirenses, houve atropelamento e morte de Leonardo da Mata Santos. Há outros feridos. "Nesse passo, a liberdade dos acusados por ora representa perigo à sociedade, e nisto consiste, exatamente, a ameaça à ordem pública", conclui a decisão judicial, mantendo presos todos os acusados.
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