O juiz Rafael Carvalho de Sá Roriz, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos, proferiu a decisão alegando que o clube não cumpriu as contrapartidas exigidas, incluindo a construção de um posto de vigilância para monitorar a entrada de materiais e pessoas na área do Parque Ecológico do Tietê. No entanto, o Palmeiras assegura que todas as obrigações foram devidamente atendidas, reafirmando que a cessão do terreno ocorreu após um acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) em 1998.

Em nota, o clube argumentou que o espaço ocupado é de 63.632,68 m², e não os 150.000 m² apontados na ação, o que resulta em uma atribuição injusta de responsabilidade sobre intervenções externas ao perímetro concedido. O Palmeiras destacou que a Academia de Futebol 2, inaugurada em 2002, transformou uma região antes degradada em um centro de excelência para o desenvolvimento de jovens atletas, beneficiando quase 400 meninos com oportunidades educativas que vão além do futebol.

A gestão da academia é vista pelo clube como uma contribuição significativa à comunidade, e a expectativa é de que, nas instâncias superiores, a decisão possa ser revertida, reconhecendo o papel social e esportivo desempenhado pelo Palmeiras. A nota finaliza ressaltando a importância do local não apenas como um espaço para treinamentos, mas como um verdadeiro polo formativo capaz de equipar os jovens para os desafios da vida pessoal e profissional.