Cleiton Xavier disputa jogo-treino pelo Palmeiras contra a Portuguesa
Wesley não é mais jogador do Palmeiras, mas ainda tem uma ligação com o alviverde: a ação judicial movida pelo empresário Antenor Angeloni (que também é presidente do Criciúma), que pagou para trazê-lo do Werder Bremen e agora cobra mais de R$ 20 milhões do clube paulista na Justiça. Com a saída do volante, o Palmeiras ofereceu na última sexta-feira os direitos econômicos de Cleiton Xavier como garantia no processo.
Até a última sexta-feira, a garantia era formada pelos direitos econômicos do próprio Wesley. Como o contrato do volante expirou, o Palmeiras já não mais nenhum direito sobre ele; por isso, precisa substituir a garantia com os direitos de Cleiton Xavier.
O motivo é o valor: segundo o clube, Cleiton está avaliado em 5,3 milhões de libras esterlinas – equivalente a R$ 23,2 milhões – o suficiente para cobrir a dívida caso o Palmeiras perca a ação.
A garantia não significa que o alviverde está cedendo Cleiton Xavier, ou que ele passa a pertencer a Angeloni. O meia e seus direitos econômicos continuam pertencendo ao Palmeiras. Caso o clube perca a ação e não possua recursos financeiros para pagar a dívida, só aí os direitos do jogador seriam transferidos ao empresário.
Quando o Palmeiras contratou Wesley, ainda na gestão de Arnaldo Tirone, Angeloni foi fiador do negócio. Como o alviverde não pagou, coube ao empresário pagar cerca de R$ 17 milhões, e depois cobrar o valor do clube na justiça.
Com a ação judicial em curso, o volante se transferiu para o São Paulo antes que houvesse julgamento, deixando para trás no Allianz Parque a dívida, que, atualizada, passa de R$ 20 milhões.
O Palmeiras não se manifesta sobre questões jurídicas, e disse à reportagem que não vai comentar o assunto.
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