De quase desistente a curinga, Robinho se encanta com o Verdão

3/3/2015 08:23

De quase desistente a curinga, Robinho se encanta com o Verdão

Meio-campista se adapta a São Paulo, vira homem de confiança do técnico Oswaldo de Oliveira e aumenta concorrência no elenco do Palmeiras

De quase desistente a curinga, Robinho se encanta com o Verdão

Robinho e família ainda se adaptam à vida em São Paulo (Foto: Rodrigo Faber)



Róbson Michael Signorini saiu da pequena Sarandi, no interior do Paraná, onde foi criado, para se tornar Robinho. Simples, tímido e reservado (não gosta muito de sair de casa nem em dias de folga), o jogador, de 27 anos, se transforma em campo: torna-se rápido, versátil e sem nenhuma timidez com a bola no pé, características que têm sido elogiadas pelo técnico Oswaldo de Oliveira.



O meia, que também atua como volante, vem mostrando que a concorrência no setor e a “dor de cabeça” no comandante serão grandes. Entre cobranças do próprio pai, da esposa e do filho de quatro anos, Robinho busca se firmar como titular do Verdão nesta temporada de reconstrução para o clube.



Após passar nove anos em uma escolinha de futebol em Sarandi, Robinho foi aprovado em uma “peneira” do Internacional, em 2004, onde permaneceu por apenas oito meses. Dispensado com a justificativa de que não era alto suficiente para jogar futebol (hoje, ele tem 1,70m), o jogador, então com 17 anos, voltou para a casa de seus pais abatido. Quase desistiu da carreira.



Até que uma nova oportunidade surgiu, no Varginha, em Minas Gerais. Dali, ele ainda passaria por Mogi Mirim, Santos, Avaí e Coritiba antes de chegar ao Palmeiras. E à cidade de São Paulo.



– Ainda estamos nos adaptando, conhecendo os caminhos da escola do meu filho, da faculdade da minha mulher. Aprendendo os horários para não pegar trânsito e chegar ao CT. A cidade é gigantesca, mas não saio muito. Vou ao cinema, ao mercado. Dificilmente o trânsito vai me pegar – contou o jogador, que recebeu o GloboEsporte.com no apartamento onde mora, na zona oeste de São Paulo, na última segunda-feira.



Se a capital paulista ainda tem dificuldades a serem dribladas, no Palmeiras Robinho se sente em casa. Contratado após ser o recordista de passes certos do Campeonato Brasileiro de 2014, pelo Coritiba, foram 1.038, o jogador pesou diversos fatores para aceitar a proposta do Verdão: a chegada de diversos reforços, o fato de a esposa, Priscila, ser torcedora alviverde, e a dimensão do clube.



– O Palmeiras é gigante, cara. Eu já sabia disso por ter jogado contra, mas viver essa experiência dentro do clube está sendo sensacional. Tem uma torcida maravilhosa. No jogo de sábado (contra o Capivariano), foram 32 mil pessoas. É importante isso. Cada vez mais a torcida está chegando, e eu estou ficando encantado com o clube – disse.



“Curinga” do inchado elenco palmeirense, Robinho se tornou homem de confiança do técnico Oswaldo de Oliveira. Após atuar como segundo volante ao lado de Gabriel, o jogador foi deslocado para a meia para a entrada de Arouca na equipe titular.



Na primeira partida sob nova função, dois gols – um deles em bela cobrança de falta – e atuação decisiva para a vitória por 2 a 0 sobre o Capivariano, pelo Paulistão (veja os gols abaixo). Recuado ou avançado, o que Robinho mais quer é seguir na formação principal.



– Jogar em outras funções ajuda, mas eu fui contratado para jogar na meia. Segundo volante foi uma posição que eu já tinha atuado. O Oswaldo acabou me colocando ali, fui bem, e ficou essa expectativa. Ainda não consegui desenvolver um grande jogo como meia, acho que mais atrás fui até melhor, mas minha função é mais à frente. Estou buscando jogar, independentemente se vou ser segundo volante, meia centralizado ou pelo lado do campo.



A relação com Oswaldo é das melhores. Antes de chegar ao Palmeiras, Robinho ouviu elogios sobre o treinador. Deivid, que jogava com o meia no Coritiba e atualmente é auxiliar de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo, aconselhou o ex-companheiro a aproveitar a oportunidade de trabalhar com o técnico, considerado por ele referência no aspecto tático.



A expectativa de Robinho se confirmou, da postura do comandante diante do elenco às ideias de jogo desenvolvidas.

– Ele é um cara que conversa muito, não é aquele que vai te dar bronca toda hora. É claro que tem a hora de dar a dura, mas ele participa muito dos treinamentos, faz reuniões explicando as coisas. Estou gostando muito de trabalhar com ele – contou.



As broncas, por outro lado, vêm de dentro de casa. Além da esposa Priscila e do filho Cauã, quem costuma cobrar Robinho é o pai, Jair. Sempre após os jogos, o telefone do meio-campista toca. Principalmente quando ele perde muitos gols.



O jogador, porém, afirma que prefere dar assistência a fazer gols. À época de Coritiba, o filho o questionava por que o meia Alex, então camisa 10 e capitão da equipe paranaense, era quem balançava as redes, e não o pai.



Antes pouco badalado, Robinho não quer pular etapas no Palmeiras. Independentemente dos dois gols marcados contra o Capivariano, o meio-campista está ciente da concorrência com nomes com Cleiton Xavier e Valdivia, e se vale de conselhos dos atletas mais experientes do Verdão para se manter humilde.



– Sou muito pé no chão. Do mesmo jeito que eu estive quando fiz dois gols, vou estar se o time perder. O (Fernando) Prass e o Zé Roberto falam muito com a gente sobre isso. Temos de continuar trabalhando com seriedade.







12648 visitas - Fonte: Ge

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