Recentemente, o futebol brasileiro tem assistido a um aumento significativo nas contribuições financeiras e na competitividade de clubes como Flamengo e Palmeiras. Com esta ascensão, surge a provocativa questão: estamos testemunhando a "espanholização" do futebol no Brasil, semelhante à hegemonia de Real Madrid e Barcelona na Europa?
O site ESPN.com.br conversou com personalidades chave que participaram da reestruturação dessas duas potências do futebol nacional. Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo entre 2013 e 2018, e os executivos Ricardo Galassi e Luciano Paciello, que desempenharam papéis cruciais na gestão do Palmeiras, analisaram essa possibilidade.
Bandeira de Mello mencionou que, no passado, a ideia de "espanholização" foi discutida com fãs de Flamengo e Corinthians, que tradicionalmente têm as maiores torcidas. Ele fez uma observação bem-humorada: caso essa situação ocorra, seria o primeiro passo para uma "germanização", onde um único clube domaria a maioria das conquistas, como o Bayern de Munique. Para ele, o futebol brasileiro possui características que permitem uma maior variedade de clubes competitivos, algo que ainda não acontece na Espanha ou Alemanha.
Galassi, por sua vez, refletiu sobre ciclos na história do futebol brasileiro. Ele observou que a ascensão e a manutenção do topo são invariavelmente complicadas, especialmente quando um clube adota uma postura arrogante. Ele acredita que a administração dos clubes será crucial para que a diferença entre Flamengo, Palmeiras e os demais se mantenha em níveis aceitáveis, evitando assim uma total "espanholização".
Luciano Paciello também expressou ceticismo quanto à monopolização por Flamengo e Palmeiras, ressaltando que outros clubes, como Botafogo e Atlético-MG, ainda têm potencial para surpreender. Para ele, a implementação de boas gestões nas novas SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) é fundamental e acredita na chance de outros clubes conquistarem títulos nacionais.
Apesar de não acreditarem plenamente na "espanholização", Bandeira e Galassi ofereceram um alerta sobre a administração dos clubes. Eles afirmaram que se os rivais não se organizarem adequadamente, a disparidade entre as instituições apenas tende a aumentar, o que pode prejudicar a competitividade do futebol brasileiro.
Além disso, Edmilson, campeã mundial, destacou em uma entrevista para a ESPN que a verdadeira razão pela qual Flamengo e Palmeiras estão na vanguarda não é apenas por suas tradições, mas sim por sua capacidade de se organizarem financeiramente nos últimos anos. Ele argumentou que se outros clubes não se adaptarem, podem continuar a ver Flamengo e Palmeiras dominarem o cenário.
Independente da questão da "espanholização", Flamengo e Palmeiras se preparam para mais uma final da CONMEBOL Libertadores, um confronto que promete ser emocionante. Enquanto o Flamengo busca conquistar seu quarto título após vencer em 1981, 2019 e 2022, o Palmeiras, já campeão em 1999, 2020 e 2021, também almeja sua quarta estrela.
A final entre Palmeiras e Flamengo acontecerá neste sábado (29) e poderá ser acompanhada ao vivo pelo Disney+, a partir das 18h (horário de Brasília).
696 visitas - Fonte: Verdão Web
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