Stanic em ação. Ao fundo, palmeirense com bandeira argentina (Foto: Cadu Fukushima)
Nesta sexta-feira, às 19h, quando o Desafio de Habilidades der início aos eventos do fim de semana do Jogo das Estrelas do NBB, em Franca, um argentino tentará fazer a festa entre os brasileiros. Trata-se de Maxi Stanic, que, assim como Tobio, Allione e Cristaldo fizeram no futebol, rapidamente conquistou a torcida do Verdão e se tornou ídolo do clube entre os basqueteiros.
Stanic chegou ao Palmeiras em situação complicada. Foi o escolhido para substituir o americano Caleb Brown, antigo ídolo da torcida que deixou o clube após desentendimento com o então técnico Betão. Dar a missão de conquistar uma torcida brasileira carente de seu ídolo para um argentino, a princípio, não parece boa ideia.
– Quando cheguei, sabia que estava em situação difícil. O Caleb era ídolo da torcida. Quando eu cheguei, sabia que teria que jogar, organizar o time. Acho que foi isso que a torcida gostou. Além disso, acho que muita gente se sente representada, por eu ser um cara baixo que não parece jogador de basquete (risos) – disse, ao LANCE!.
Stanic chegou vacinado pela experiência de já ter defendido um clube com tradição no futebol. Torcedor do Boca Juniors, o armador teve a chance de jogar pelo time.
O primeiro contato de Stanic com o Palmeiras, aliás, foi como torcedor. Segundo o argentino, foi difícil acreditar que seu Boca conseguiu vencer "o time do Alex", nas edições de 2000 e 2001 da Copa Libertadores da América de futebol.
Agora vestindo verde e branco e adaptado ao Brasil – já até desfilou pela Águia de Ouro no Carnaval Paulista – Stanic tem a chance de dar alegrias à torcida antes maltratada pelo seu clube de coração. Vai compensar em quadra?
VEJA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM MAXI STANIC:
Jogar em clube com tradição no futebol é diferente?
É bem diferente jogar em um time de camisa do que em um time só de basquete. Aqui, quando faz uma boa temporada, todo mundo tem uma relevância maior. E a temporada ruim do mesmo jeito. Tem a pressão da torcida, que não sabe nada de basquete, mas vê que está passando na TV e assiste pela camisa.
Você virou ídolo assim como os argentinos do futebol. O que vocês têm que o brasileiro não tem?
Acho que a mistura faz um jogador quase perfeito. O argentino tem raça, inteligência, mas muitas vezes não tem a habilidade e o atleticismo. Um precisa das qualidades do outro.
Como está seu contrato?
Termina no fim da temporada. A diretoria já me procurou, mas minha esposa... No começo ela estava 100% decidida a voltar para a Argentina. Hoje, ela está apenas 95% (risos). Ela adora o Brasil. Vamos ver.
* O repórter viaja a convite da LNB
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