Acusado de chutar pouco, Verdão se acha vítima de holofote e pede calma

O destaque negativo do Palmeiras de 2015 no Palestra Itália é um irritante costume de trocar passes demais em vez de arriscar finalizações. No domingo, o time venceu o XV de Piracicaba graças a chute de fora da área de Gabriel, no fim do jogo, e sofreu com as críticas da torcida pela falta de arremates. Mas a equipe pede calma, sentindo-se vítima da badalação pelas 19 contratações para esta temporada.



"O Palmeiras criou muito holofote que fez um grande time, com muitas contratações. Todos os times que vêm aqui vão jogar com dez, 11 se defendendo muito bem, não vão abrir porque sabem que temos um time forte. É necessário ter paciência", pediu Dudu, um dos mais criticados por prender e tocar demais a bola.



"O torcedor quer sempre que chutemos e façamos gol, mas sabemos a hora de chutar, driblar, tocar. Estamos ali para defender o Palmeiras", prosseguiu o atacante, pensando como os colegas. "Todos ficam lá dentro do gol quando vêm jogar contra nós. Assim, fica complicado entrar. Vamos chutar quando estiver claro, não para a bola pegar neles e virar contra-ataque", justificou Robinho.Oswaldo de Oliveira não perde a serenidade ao falar do assunto. O treinador já admitiu que o time precisa chutar mais, mas vê tudo como um passo de evolução. "Somos uma equipe que está amadurecendo, se entrosando. É importante que consigamos ultrapassar esse tipo de obstáculo", indicou o técnico, recusando-se a blindar a técnica de seu setor ofensivo.



"É recurso que o jogador usa, como um chute a gol, que às vezes dá certo ou não. A ousadia é parte do nosso jogador, jamais vou limitar isso. Pelo contrário, estimulo. Além do efeito, o que vai acontecer sempre surpreende o adversário. Se não der certo, vamos tentando até as coisas fluírem da maneira que queremos", avisou Oswaldo, otimista.



"Nosso time está mais maduro, procura sempre forçar as jogadas pelas laterais. Naquele jogo contra o Corinthians, não conseguimos fazer isso. Nosso time acabou fazendo o gol contra o XV de Piracicaba porque conseguiu permanecer mais tempo próximo à área do adversário, flutuando ali e circulando a bola. Por isso, produziu faltas laterais, arremessos laterais e escanteios. A equipe evoluiu nesse sentido", indicou o técnico.

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