Valdivia só deve jogar pelo Palmeiras em 4 de abril. Se jogar... (FOTO: Eduardo Viana)
O "não" da Federação Chilena ao pedido do Palmeiras para que Valdivia fosse liberado dos amistosos contra Irã e Brasil, nos dias 26 e 29 deste mês, é mais um entre os diversos fatos que têm irritado o clube neste início de ano. O Verdão sabia que, sem a ajuda efetiva do Mago, dificilmente ouviria "sim", por se tratarem de datas-Fifa. Mas ele não se envolveu nas conversas e pediu que Palmeiras e chilenos tratassem diretamente.
A irritação não é só pelo fato de o meia ainda não ter jogado em 2015. No período de ausência, Valdivia já passou uma semana no Chile com o fisioterapeuta José Amador, foi para o Carnaval em Salvador, criticou Alexandre Mattos no Twitter e agora, de acordo com o entendimento do Palmeiras, não fez esforço para ser desconvocado. Na visão de parte da cúpula, o camisa 10 não tem mostrado o comprometimento necessário para merecer a renovação de contrato - o atual vence no mês de agosto.
A comissão técnica alviverde julga que o armador precisa de mais 15 dias para ficar em condições de jogo. Somado este período às viagens com o Chile, a previsão de retorno ao time agora é 4 de abril, contra o Mogi Mirim. Essa série de episódios motivou o clube a congelar as conversas até que ele volte a entrar em campo, o que não acontece desde 7 de dezembro. Mas a proposta oficial esperada pelo jogador pode nem ser elaborada pelo Palmeiras.
A diretoria passou a ver com bons olhos a chance de negociá-lo, livrando-se dos salários até agosto. Na semana passada, os empresários mineiros Carlinhos Sabiá e Ângelo Pimentel levaram o nome do jogador ao Cruzeiro. Sem manifestar efetivamente o interesse, o clube mineiro perguntou quais seriam as condições. Os agentes, então, conversaram com o Alviverde e ouviram de Mattos que não há oposição a uma negociação. Assim, a Raposa teria caminho livre caso quisesse iniciar as conversas.
Mas a cúpula celeste não avançou. O nome preferido do presidente Gilvan de Pinho Tavares para a meia é o de Lucas Lima, do Santos. Além de não agradar o mandatário celeste, Valdivia também não é uma unanimidade entre a comissão técnica de Marcelo Oliveira.
Dirigentes se contradizem
O gerente Cícero Souza e o diretor Alexandre Mattos, dupla que comanda o futebol do Palmeiras, não falaram a mesma língua nos últimos dias. Na segunda, Cícero afirmou que tanto Cruzeiro quanto Valdivia haviam procurado a diretoria para manifestar o interesse dos mineiros em conversar com o jogador. Na terça, Mattos falou justamente o oposto.
- Oficialmente, aqui não chegou nada. Já me perguntaram sobre uma declaração que o Cícero teria dado. A gente respeita, já conversei com ele. O que ele quis dizer, claramente, é que empresários ligando é o dia inteiro. Não tem nada oficial. Não preciso nem falar, o Cruzeiro é igual minha casa. Ninguém procurou. Não tem absolutamente nada - disse o dirigente, ao site Superesportes.
Os empresários que procuram o Palmeiras não citam só o Cruzeiro. É comum o clube receber sondagens do Oriente Médio pelo chileno, mas ainda não houve proposta. O discurso segue sendo o de tentar renovar.
- Ele já deixou claro que, no Brasil, só joga no Palmeiras. O Palmeiras quer que ele renove. Mas, se não encontramos financeiramente um denominador comum, o Valdivia não ficará - acrescentou Mattos.
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