Gustavo Henrique mereceu sua chance. Agora, o Palmeiras precisa tirar Nathan do limbo

(Zagueiro de 19 anos ainda não estreou por seu clube na temporada/Foto: Eduardo Viana)



Dória, do Olympique de Marselha (FRA) e emprestado ao São Paulo, Luan, do Vasco, Rodrigo Ely, do Avelino (ITA) e Wallace, do Monaco (FRA) foram os zagueiros convocados pelo técnico Alexandre Gallo para dois amistosos da Seleção Brasileira olímpica que serão disputados em março. Um pouco acima de Marlon, do Fluminense, Léo Pereira, do Atlético-PR, Lucão, do São Paulo, e Samir, do Flamengo, o quarteto é favorito para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Nenhum dos sete nomes, entretanto, sofreu mais pressão e teve mais espaço do que a dupla Gustavo Henrique e Nathan, que hoje defendem Santos e Palmeiras, respectivamente.



Gallo tem como princípio privilegiar atletas que estejam tendo sequência em seus clubes, e todos os jogadores da sub-23 ou são titulares ou são usados frequentemente. Isso não acontece com a dupla paulista. Gustavo Henrique até começou o ano como titular do Santos, mas perdeu espaço para Werley ao lado de David Braz. O jogador de 21 anos foi convocado nesta quarta para substituir o lesionado Dória em razão do fato de que tem entrado bastante nas partidas do Santos em 2015. Mesmo reserva, ele atuou em quatro dos onze jogos da temporada. Por isso, voltou a ser lembrado contra Paraguai e México.



A situação de Nathan, porém, é diferente.



Ele fez parte do grupo que participou do Sul-Americano sub-20, mas não foi titular sob o comando de Gallo. De volta ao Palmeiras, tem sofrido com a falta de oportunidades por causa das contratações de Jackson, Vitor Hugo e Victor Ramos. Todos, além de Tobio, estão à sua frente. Sem espaço nos treinos coletivos comandados por Oswaldo de Oliveira por ser a quinta opção da zaga, Nathan tem treinado no terceiro time do Palmeiras, ao lado de jogadores encostados, que aguardam uma possibilidade de negociação ou estão voltando de lesão.



Ano passado, o zagueiro de 19 anos roeu o osso neste mesmo Palmeiras, que então brigava contra o rebaixamento no Brasileirão. Deixou de ser promessa da base para ser titular do time profissional e não decepcionou. Foram 12 jogos, todos como titular, e ao lado dos parceiros mais diversos. Derrubou o pentacampeão Lúcio, se firmou e ajudou a salvar o Palmeiras da Série B. No tranquilo 2015 ganhou seu prêmio: o limbo, encostado no terceiro time do Palmeiras.



Nathan é um dos zagueiros mais promissores da geração, e competidor real por uma vaga nas Olimpíadas de 2016. Mas precisa de espaço, sequência e oportunidades. O risco disso não acontecer é um destino semelhante ao de Jubal, que vinha sendo convocado, mas perdeu espaço no Santos e acabou esquecido na Seleção.

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