Ministro George Hilton participou de evento em Brasília (Foto: RafaB/Gabinete Digital-PR.)
Ciente de que alguns deputados, especialmente os aliados à CBF, torcem o nariz para alguns pontos da Medida Provisória que refinancia a dívida dos clubes com a União - especialmente em relação ao artifício que estipula a limitação de mandato na entidade máxima do futebol -, o governo confia na negociação com os parlamentares para convencê-los a aprovar o texto sem retirada das contrapartidas colocadas no documento.
- A posição do governo será no sentido de manter o texto. O futebol feminino é uma bandeira importante. A questão dos mandatos é algo que vamos discutir e buscar soluções.
O sentimento que tivemos nas discussões é que não houve a presmissa que vai ser derrotada. Claro que há deputados que defendem um ponto de vista, e respeitamos isso, mas vamos fazer um trabalho de convencimento - avisou o ministro do Esporte, George Hilton, em coletiva após o evento de assinatura da MP.
Ainda sobre as contrapartidas, Hilton informou que as discussões também irão avançar em relação ao órgão que vai fiscalizar o cumprimento da lei por parte dos clubes.
- Vamos criar uma entidade que vai fiscalizar essas contrapartidas.
Será criado um conselho, conforme a conversa que tivemos, que terá participação de agentes do governo e entidades. Vamos definir critérios mais técnicos para dizer como se dará - acrescentou.
A mesma postura de debate será adotada para estipular o percentual do, agora, obrigatório investimento no futebol feminino e nas categorias de base.
- O texto é claro que terá que ser feito investimento mínimo na base e no futebol feminino. Queremos estabelecer um percentual. Os parlamentares acham que eles precisam a chegar a um valor. Na discussão no Congresso vamos fazer isso. Vamos trabalhar também com o conselho que será criado - completou o ministro.
Para Ivo da Motta Azevedo Corrêa, subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, a MP significa um avanço importante no trato do governo com os clubes.
- A grande novidade é a sanção desportiva. Ao invés de tirar o clube do parcelamento, ele continua, mas sofre. Todos acreditam que essa é a grande chave para mudança. A responsabilidade fiscal não passará em branco - afirmou.
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