Barulho sobre Valdivia no Palmeiras contrasta com silêncio sobre renovação

Valdivia faz treino especial na Academia de Futebol



O Palmeiras teve uma semana ativa: por problemas de saúde, o técnico Oswaldo de Oliveira faltou aos treinamentos na segunda e na terça; na quinta, foi anunciado mais um novo patrocínio; nesta sexta, veio a revelação de que dois titulares da equipe (Tobio e Allione) ficariam fora por lesão. Apesar disso, o assunto que dominou os últimos dias foi um só: Jorge Valdivia.



Desde que alfinetou publicamente o diretor de futebol Alexandre Mattos nas redes sociais, há cerca de dez dias, o meia vem ocupando os noticiário (o motivo foi uma especulação de que receberia uma oferta de contrato de produtividade, e uma declaração do dirigente de que nenhum jogador é maior do que o clube).



Se desculpou e acabou convocado para a seleção chilena, mesmo sem ainda ter entrado em campo em 2014 – gerou preocupação com a chance de uma nova contusão e uma carta à delegação do Chile. A insistência de jornalistas no tema até incomodou Oswaldo.



"Não sei se é falta de assunto. Acho que existe uma tendência para que se abordem temas que vão gerar mais polêmica", disse.



A presença de Valdivia nos holofotes e o esforço do Palmeiras para não cedê-lo à seleção – chegou a pedir a liberação – contrastam com a indefinição de seu futuro no clube. O chileno tem contrato apenas até agosto deste ano. Até o momento, não há pistas nem conversas sobre a renovação.



O UOL Esporte apurou com pessoas ligadas ao clube e ao jogador que, até o momento, não há nenhuma proposta sobre a mesa. Nem do Palmeiras, nem de Valdivia. As conversas entre as duas partes por uma possível permanência do meia não começaram.



Do lado alviverde, até que haja um acordo ou um encerramento das negociações, nada será dito. O presidente Paulo Nobre tem como política não comentar nenhum tipo de negociação até que ela seja concluída – reiterou isso na última quinta-feira, ao anunciar o patrocínio da Faculdade das Américas.



A tendência é de que uma definição da permanência de Valdivia passe por uma demonstralçao do que pode oferecer ao clube em 2015. Para isso, a diretoria alviverde, a torcida e próprio jogador precisarão esperar.



A estreia do meia em 2015 dificilmente acontecerá com a camisa do Palmeiras, e deve ocorrer nos amistosos da seleção chilena contra Irã e Brasil, nos dias 26 e 29 de março. O alviverde espera que isso não aconteça. "O ideal é que não jogue nenhuma das duas", disse o técnico Oswaldo de Oliveira.



Por enquanto, sem Valdivia, o Palmeiras tem suas prioridades: neste domingo encara o São Bernardo, para consolidar a classificação na primeira fase do Paulistão. Na quarta, tenta vencer o primeiro clássico na temporada, no Allianz Parque, contra o rival São Paulo.

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