Por Gabriel Carneiro
A evolução é gradual, e bom que seja assim. Em alguns momentos, o Palmeiras dá mostras de que 2015 será especial e que o time modelado por Oswaldo de Oliveira não vai demorar tanto para dar liga. O lance do gol resume bem isso, com Vitor Hugo tirando uma puxeta impressionante do bolso e surpreendendo até a si mesmo contra o São Bernardo.
Antes, no finzinho do primeiro tempo, Cristaldo, Robinho e Dudu fizeram uma troca de passes digna das equipes mais entrosadas do país, com movimentação, fuga da marcação e inteligência das três partes. As coisas parecem se ajeitar e um padrão de jogo buscado desde o início do ano está bem próximo.
Mas nem tudo é boa notícia. O Palmeiras ainda não encaixa como já deveria ser após três meses de trabalho e 14 jogos. Já está na hora dos jogadores cumprirem seu papel nas jogadas ensaiadas, dos laterais não avançarem ou recuarem juntos e das tabelas serem produtivas. Claramente há um elemento diferente no time de 2015, um talento bruto. Mas ele segue escondido.
Cristaldo chamou a responsabilidade. Aceso, ele saiu da área, forçou a aproximação dos companheiros e foi o que mais tentou fugir da marcação de cinco homens que o rival praticava no meio de campo. Era necessário criar, o que Robinho não fez. Era necessário chegar bem à frente, o que Dudu não fez. Era necessário entrar na área, o que Rafael Marques não fez. Era necessário ser mais solto, ousado, criativo, focado e competente.
O adversário não era grande coisa, e mesmo assim deu trabalho a Fernando Prass. E o Palmeiras não teve capacidade de matar o jogo para poder administrar, o que pode ser fatal em jogos contra adversários mais entrosados que ele. Vem mais um teste na quarta.
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