A diversão da coletiva ficou por conta do relato de Oswaldo, que também se rendeu às risadas
Embora o seu Palmeiras seja líder do grupo 3 do Campeonato Paulista, a cada partida Oswaldo de Oliveira tem lidado com constantes gritos da torcida, que pede a presença do jovem atacante Gabriel Jesus em campo. Embora não seja uma ocorrência atípica, o técnico ganhou um exemplo pouco habitual neste domingo, no ABC Paulista, na vitória sobre o São Bernardo.
“Olha, esse é um negócio interessante, porque é normal pedirem o Gabriel, pedirem qualquer outro jogador. Mas tinha uma voz ali perto de mim, que vinha de um torcedor careca e sem camisa que parecia enlouquecido.
A voz estava se repetindo e me lembrou o filme dos Beatles, ‘Os Reis do Iê, Iê, Iê’, e eu pensei “pô, esse cara vai ter um ataque aqui daqui a pouco”. Imagina a situação: um cara careca, de shortinho, sem camisa, gritando ali? Pô, vai arrumar o que fazer ao invés de ficar gritando.
Eu pensei ‘melhor colocar o garoto logo, ou esse cara vai ter um infarto’. E depois que eu coloquei o garoto, ele ainda bateu no peito orgulhoso como se tivesse sido por causa dele. É cada uma”, revelou Oswaldo, fazendo caretas e arrancando risadas dos repórteres presentes na coletiva.
Além de relatar a presença do torcedor, o treinador também avaliou o surgimento de promessas como Gabriel Jesus, comparando a expectativa em torno do atleta com a enfrentada por nomes como Neymar e Ronaldinho Gaúcho no início de suas carreiras.
“Há pouco tempo, a gente estava projetando o futuro do Neymar, do Ronaldinho Gaúcho... Essas joias raras a gente não vai ver todo dia. Futebol é cíclico. A gente tá aproveitando essa onda pós-desastre na Copa do Mundo pra dizer que está tudo errado no futebol brasileiro, que tem que mudar tudo... Não é assim.
Eu acho sim que o Brasil tem que evoluir de forma mais consciente e mais preocupada com a formação dos jogadores, mas não é assim. Ainda temos nossas joias raras”, concluiu Oswaldo.
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