A bola da vez! Cristaldo quer gol no Choque-Rei de logo mais (FOTO: Alan Morici)
Cristaldo vai reencontrar nesta quarta-feira, às 22h, no Allianz Parque, o rival de sua estreia pelo Palmeiras. Em agosto de 2014, ele entrou no segundo tempo de um jogo contra o São Paulo, foi aplaudido pela torcida e até teve boa atuação, mas o Verdão perdeu por 2 a 1 e tirou aquele Choque-Rei da relação de clássicos memoráveis do camisa 9. Nada melhor do que quebrar dois jejuns de uma vez para colocar mais um jogo na memória.
Uma das secas é pessoal: três jogos sem marcar. A outra é do clube, mais incômoda e mais antiga do que a trajetória do argentino no Palestra Itália: dez clássicos sem vencer, desde fevereiro do ano passado.
- Estava passando por uma etapa boa, agora são três jogos que não faço. O importante é o time estar ganhando e eu dar meu máximo, mas gostaria muito de fazer um gol no clássico - disse o Churry, ao LANCE!.
A pedido da reportagem, ele relembrou seus clássicos inesquecíveis. O primeiro deles aconteceu em 2002, quatro dias depois de seu 13º aniversário. O atual titular do Palmeiras ainda era um pequeno torcedor do River Plate e viu seu time atropelar em um Superclássico contra o Boca Juniors, em plena Bombonera.
- Sempre torci para o River Plate, meu pai é apaixonado, sempre me levava ao estádio. O clássico de que mais me recordo foi na Bombonera, o River ganhou por 3 a 0 com um gol do Rojas, dando uma cavada. D'Alessandro jogou esta partida - disse.
Cristaldo entra em campo contra o São Paulo, em sua estreia pelo Verdão (FOTO: Arquivo LANCE!)
A "cavada" de Ricardo Rojas encobriu o goleiro, originou o terceiro gol dos visitantes - Cambiasso e Coudet já havia marcado - e acabou batizando o confronto como "La vaselina de Rojas" - em espanhol, o termo é usado para definir gols por cobertura.
Em 2009, já como jogador profissional, Cristaldo marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 do Vélez Sarsfield, à época comandado por Ricardo Gareca, sobre o Huracán. O segundo foi uma pintura: uma bicicleta de fora da área. Era o primeiro reencontro dos clubes depois de o Vélez faturar o Clausura sobre o Huracán com um gol supostamente irregular de Maxi Moralez a sete minutos do fim, garantindo a vitória por 1 a 0 - empate dava a taça ao rival.
- Na Argentina, um jogo que ficou marcado foi Vélez x Huracán. Não é mais um clássico, mas no torneio de 2009 chegamos ao último jogo como se fosse uma final e o Vélez ganhou, foi muito polêmico. Quando os times se reencontraram, fiz dois.
Pude fazer um lindo gol de bicicleta! Contra o São Paulo, vale até se a bola bater e entrar (risos).
Confira um bate-bola exclusivo com Cristaldo:
LANCE! O que mudou desde sua estreia, que foi contra o São Paulo?
Cristaldo: Muitas coisas mudaram do ano passado para este. Principalmente porque naquela etapa a gente não estava tão bem como agora. No pessoal, também mudou. Já conheço muito mais o time, o futebol brasileiro. Agora é outro jogo.
Acha que os clássicos daqui são parecidos com os da Argentina?
Sim, é muito parecido. Mas esse clássico não chega a ser como Palmeiras x Corinthians. Pelo pouco tempo que estou aqui, pelo que falam, o palmeirense sempre quer ganhar do Corinthians. Do São Paulo também, mas acho que tem mais rivalidade com o Corinthians. Bom, clássico tem que ganhar. Sempre.
Na maioria dos clássicos daqui, ao contrário de lá, os estádios ficam vazios.
Vejo isso no jornal, nas redes sociais. Graças a Deus, aqui no Palmeiras está sempre lotado. Por mais que as pessoas sempre digam que os ingressos estão muito caros, o Allianz está sempre lotado. O São Paulo não está recebendo muita gente do estádio, mas acho que é o momento do time.
A torcida gosta de você. Acha que uma das causas é o Instagram?
Pode ser por isso, pelo Twitter também. Às vezes estou em casa sem fazer nada e escrevo alguma coisa, o #AjudaNoix, que os caras ficam zoando muito, na resenha, como falam aqui. Mas também pela forma como me entrego no campo, trato de dar o máximo. Posso ter um dia ruim, quando as coisas não saem, mas tenho que deixar 100% de garra no campo.
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