Pitacos do Palestra: Dudu desequilibra em um Palmeiras brilhante

Dudu foi um dos melhores do Palmeiras em campo

Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Muricy Ramalho queria Dudu no São Paulo porque achava que sua velocidade, seus dribles e sua personalidade poderiam desequilibrar jogos. Azar dele que Alexandre Mattos teve a mesma percepção e acabou levando o atacante para o Verdão.

Nesta quarta, Dudu fez o que se espera dele. Graças ao camisa 7, o Choque-Rei pendeu para o lado alviverde desde o primeiro toque na bola.

Foi Dudu quem pressionou Rogério Ceni e levou o são-paulino ao erro que gerou o fantástico gol de Robinho. Foi Dudu quem tirou Rafael Toloi do sério e do jogo – embora também merecesse ser punido pela troca de “gentilezas”. Foi Dudu quem ignorou a marcação tricolor e cruzou da esquerda para Rafael Marques marcar o segundo. Foi Dudu quem tirou sarro de Edson Silva ao ficar de “cavalinho” em suas costas. A reação do zagueiro poderia até ter rendido mais um cartão vermelho, por que não?

Só não é correto dizer que Dudu decidiu o jogo sozinho porque o Palmeiras, coletivamente, foi perfeito como ainda não havia sido em 2015. Não é coincidência o fato de Arouca ter feito sua melhor partida desde que chegou, com a conhecida precisão para desarmar, a velha qualidade para iniciar jogadas e uma capacidade cada vez mais notável de se juntar à linha de três armadores para fazer o Palmeiras mudar do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1, variação que Oswaldo tenta azeitar desde o começo do ano e que funciona bem melhor com Rafael Marques aberto do que com Allione.

Além da elogiada noção tática, Rafael também pode ser artilheiro. O terceiro gol do passeio, marcado por ele após cruzamento de Zé Roberto em jogada iniciada por Arouca (olha ele aí…) comprova a tese.

Já contestado pelas cornetas mais apressadas, Oswaldo deu um recado claro: sabe o que está fazendo. Expulsões à parte, o Palmeiras engoliu o São Paulo. Partidaço!