O Flamengo, junto com o Galo, teriam as maiores parcelas iniciais (Foto: Wagner Meier / Agelance)
A soma das parcelas que os 20 maiores clubes do Brasil terão de pagar ao governo se aderirem ao Programa de refinanciamento das dívidas proposto na Medida Provisória 671 será de R$ 10,6 milhões no primeiro mês de adesão, superando ainda os R$ 15 milhões após 36 meses. O cálculo foi feito pelo colunista do LANCE!BIZZ, Amir Somoggi, considerando os dados dos balanços de 2013, os únicos disponíveis para todos os clubes.
O Flamengo, com R$ 1.364.440 e o Atlético-MG com R$ 1.139 mil 315 teriam as maiores parcelas iniciais do refinanciamento. Sport Recife, com R$ 85.713 e Ponte Preta, com R$ 75.973 se comprometeriam com os menores valores mensais. Os 20 clubes analisados por Somoggi representam mais de 80% do volume financeiro movimentado no futebol brasileiro nos últimos 10 anos.
Pela análise de Somoggi, considerando os termos da MP e as estimativas feitas aqui, os 20 principais clubes brasileiros terão quitado cerca de 36% da dívida fiscal ao final dos 36 meses iniciais do programa de refinanciamento. Um caso que chama a atenção é o do Atlético-PR, já que por ter uma dívida muito pequena o clube será o primeiro a encerrar o parcelamento, já em abril de 2016, um ano após o pagamento da primeira parcela. Já o Flamengo, com apenas 20%, Fluminense e Vasco com 21% e Atlético-MG com 24% terão quitado o menor percentual da dívida.
- O programa, da forma como está publicado, é vantajoso para os clubes. A grande questão é saber se os dirigentes farão os ajustes necessários em seus orçamentos para manter os pagamentos mensais em dia, já que a análise mostra que os parcelamentos pesarão muito daqui para frente. E, principalmente, é preciso evitar que o Profut se transforme em uma nova Timemania, uma regulação inócua para resolver o pesado débito fiscal sem punições efetivas para os clubes que descumprirem seus compromissos – conclui o consultor.
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