Ex-meia teve jogo de despedida no Palestra Itália e tirará vestimenta de atleta como comentarista, primeiramente
Após o seu jogo de despedida, nesse sábado, no Palestra Itália, Alex inicia sua trajetória fora dos campos, mas já pensando em voltar de outra forma. O ex-meia aceitou ser comentarista da ESPN como um estágio para, no futuro, ter condições de virar técnico ou gestor, sorrindo ao saber que sempre carregará a marca de “inteligente”.
“Enganei bem, né?”, brincou o ex-jogador, hoje com 37 anos, e consciente de que ainda pode ajudar fora de campo. “Minha geração ainda não contribuiu porque está chegando ao final, começará a dar isso agora.
Alguns se tornarão treinadores, outros serão comentaristas, outros virarão dirigentes. Tive uma evolução natural dos 19 aos 37 anos, aprendendo com os mais velhos e mais novos, mudando de clubes, tendo treinadores e escolas diferentes. Mas a nossa geração ainda precisa esperar um pouco mais de tempo.”
Tempo que Alex terá, por enquanto, como comentarista. “Quero trabalhar como treinador e gestor. A chance como comentarista ajuda para uma visão diferente da de atleta, emitindo opinião sobre o que acontece, serve como o aprendizado que imagino para depois da carreira, eliminado aos poucos a vestimenta de atleta. Quando me sentir capaz, voltarei ao vestiário para trabalhar com futebol. Sempre me mantendo fiel ao que penso do futebol”, declarou.
É o objetivo do jogador que, de todas as camisas que vestiu, só não se destacou pelo Flamengo. Por Palmeiras, Coritiba, Cruzeiro e Fenerbahce, na Turquia, foi campeão da Libertadores, da Mercosul, brasileiro, bicampeão da Copa do Brasil, campeão do Rio-São Paulo, mineiro, paranaense, tricampeão turco, buscampeão da Supercopa Turca e campeão da Copa da Turquia. Foram ainda 49 jogos pela Seleção Brasileira, marcando 12 gols e conquistando as Copas Américas de 1999 e 2004.
No total, em 19 anos de carreira, Alex acumulou 422 gols e 356 assistências em 1035 jogos. Números que o fazem ignorar até não ter disputado uma Copa do Mundo. “Não sinto falta de nada na carreira.
Sou respeitado onde joguei, até exageraram na Turquia, campeão com a Seleção Brasileira em competições importantes, joguei e convivi com os melhores jogadores e treinadores da minha geração. Por isso, estou me sentindo com 37 anos sabendo que o meu momento chegou, sem as pretensões que tinha antes”, declarou.
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