Boiadeiro se diz injustiçado no Palmeiras por conta de um chapéu de peão

1/4/2015 07:41

Boiadeiro se diz injustiçado no Palmeiras por conta de um chapéu de peão

Boiadeiro se diz injustiçado no Palmeiras por conta de um chapéu de peão

Boiadeiro guardou os recortes de jornal da época do Palmeiras Arquivo pessoal



A passagem do atacante Ricardo Boiadeiro pelo Palmeiras foi breve, entre 2001 e 2002. Ele chegou em outubro e deixou o clube em fevereiro do ano seguinte. Quando se apresentou, nem mesmo o técnico Celso Roth sabia direito de quem se tratava. A contratação foi feita pela diretoria, por indicação de olheiros do clube. No dia da apresentação, o jogador apareceu com um chapéu de boiadeiro, uma camisa xadrez e um cinto de caubói. A estratégia fazia parte de seu marketing pessoal. E não deu muito certo, segundo conta o próprio atleta.



"Eu cheguei no Palmeiras para o Brasileiro de 2001 e estreei contra o Grêmio. Na época, eu fazia aquela jogada de marketing, com o chapéu. Foi uma grande isca para a imprensa, que se esbaldava com aquela característica minha. Eu usava muito isso para estar sempre na mídia. Mas acabei muito cobrado. O campeonato estava no fim e não joguei mais naquele ano", diz ele.



Boiadeiro lembra que na virada da temporada, o Palmeiras trocou Celso Roth por Vanderlei Luxemburgo. "Nós fomos para Águas de Lindóia e fizemos uma boa pré-temporada. Eu fiz um gol contra o Mogi Mirim em um amistoso, mas depois não tive sequência. Faltou oportunidade. O Vanderlei não foi muito com a minha cara e chegamos a discutir nos bastidores por causa do chapéu. Ele não queria que eu usasse e o clima ficou meio balançado naquela época", diz.



Boiadeiro iniciou a carreira no Itumbiara, em 1997. Ele se destacou em 2001 pelo Olaria, com 12 gols em 15 jogos pelo Campeonato Carioca. Ficou apenas atrás de Edílson, com 15, e Romário, com 13. Antes de chegar ao Palmeiras defendeu ainda o Pochang Stillers, da Coreia do Sul.



Celso Roth lembra da chegada do jogador e afirma que não teve problema nenhum com Boiadeiro. "Quando ele ia para o treino, chegava de chapéu, tranquilo, como qualquer outro jogador. Não tinha nada a ver essa história do chapéu. Ele chegava para treinar e sempre foi um atleta dedicado. Desde que o jogador não tenha nenhum problema com a regra interna do clube, não há problema.



Segundo o técnico, "como o jogador se veste não interessa". "Ele assina o contrato com o clube, que tem o seu regimento interno. Se ele não ferir isso, não sou eu que vou dizer se ele vai ter de fazer isso ou aquilo".



A chegada de Boiadeiro se deu em um momento em que os principais atacantes do Palmeiras estavam sem condições de jogo: Tuta, Fábio Júnior e Donizete Pantera.



Ele lembra que no começo de 2002, Luxemburgo o proibiu de usar o chapéu. "Teve um dia que eu cheguei no Centro de Treinamento e o Américo Faria, que era o supervisor na época, me disse, a pedido do Luxemburgo, que dentro da Academia não era para usar o chapéu. Eu respondi que em São Paulo todo mundo usava boné e porque é que eu não poderia usar o chapéu, que é uma coisa típica da minha região?"


5427 visitas - Fonte: UOL

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