Egídio chega ao Verdão para 'apagar' Ucrânia e retomar sucesso do Cruzeiro

Eleito pela CBF o melhor jogador de sua posição no último Campeonato Brasileiro, lateral-esquerdo de 28 anos diz que não recebeu nenhum centavo do Dnipro

Egídio vestiu a camisa 21 nesta quarta-feira (Foto: Reginaldo Castro/ LANCE!Press)



Egídio passou três meses sem receber nenhum centavo no Dnipro, da Ucrânia. Ou melhor, nenhuma grívnia, como é chamada a moeda local. Após a frustrante passagem pela Europa, o lateral-esquerdo de 28 anos apresentou-se ao Palmeiras nesta quarta-feira para começar a retomar o sucesso que teve no Cruzeiro, clube que deixou no início deste ano por 2 milhões de euros.



- Eu recebi a proposta do Dnipro, tinha mais dois anos de contrato com o Cruzeiro, e aceitei pela questão financeira. Chegando lá, não era nada disso. Eles não corresponderam ao que prometeram. Passei sufoco lá, gastando meu dinheiro pessoal do Brasil. Foi muito ruim, uma experiência que eu achei que seria positiva e foi negativa. Foi frustrante ter ido para a Ucrânia. Estava em um grande clube aqui, campeão, o melhor da posição... Abri mão disso para passar dificuldade lá - contou o 20º reforço do Alviverde para 2015, que recebeu a camisa 21 em evento na Faculdade das Américas da Rua Augusta.



Egídio conseguiu rescindir seu vínculo com o Dnipro ao entrar com uma ação na Fifa. Segundo ele, foi só aí que Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras e responsável por levá-lo à Toca da Raposa em janeiro de 2013, entrou em ação para contratá-lo.



- Quando fui para o Cruzeiro, foram 15 contratações. No primeiro ano, conseguimos o título brasileiro. É muito parecido. O Cruzeiro tinha escapado do rebaixamento, como o Palmeiras também - comparou o ala.





Egídio posa ao lado do escudo do Verdão após ser apresentado (FOTO: Reginaldo Castro)



- Algumas vezes já me perguntaram se o Palmeiras pode ter novas contratações. O Egídio é um exemplo de que o Palmeiras é atuante e está sempre atento às possibilidades de mercado. Foi uma possibilidade surpresa, porque o atleta foi vendido recentemente. Quando tivemos a infelicidade do João Paulo (rompeu os ligamentos do tornozelo direito na sexta-feira), rapidamente entramos em contato e tivemos a honra de ter a possibilidade de contratar o Egídio. Ele não demorou nada para dizer que queria muito vir - disse Mattos.



Inscrição difícil



Egídio tem chances muito remotas de ser inscrito para os mata-matas do Paulistão. Cada clube pode efetuar até quatro trocas na lista original de 28 jogadores, mas o Certificado de Transferência Internacional (CTI), documento necessário para registrá-lo na CBF, deve demorar ao menos 15 dias para chegar.



- Pelo que eu estava conversando com meu advogado, com o Alexandre Mattos, infelizmente a chance é mínima de ser inscrito no Paulista. Faltam só dez dias. Mas tudo é possível, sempre tenho esperança.

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