Paulo Nobre diz que custo da arena é 'altíssimo' (Foto: Reginaldo Castro/ LANCE!Press)
O Allianz Parque tem sido um dos grandes trunfos do Palmeiras neste início de temporada. Até agora, foram mais de R$ 18 milhões arrecadados com a bilheteria de nove jogos no estádio - e uma renda líquida acima de R$ 9 milhões. Para isto, porém, o clube tem vendido ingressos por um valor considerado caro por parte da torcida. Segundo Paulo Nobre, não há como diminuir o preço, por conta do alto custo da arena alviverde.
- Eu tenho um setor popular no Allianz Parque que, sendo sócio-torcedor, fica ainda mais barato, mas pagar menos que isso é impossível. As pessoas acham linda a nova arena do Palmeiras. Só que a nova arena do Palmeiras, se eu não conseguir R$ 700 mil de renda, eu pago para jogar. É lindo ver uma renda de R$ 2 milhões, só que quando der R$ 500 mil, eu vou pagar de R$ 200 mil a R$ 250 mil. É um estádio caro, o custo fixo do Allianz Parque é altíssimo - disse o dirigente, em entrevista ao jornal "Agora".
- O palmeirense é assustadoramente engajado, mas ele precisa estar de bom humor. De bom humor, ele é um excepcional consumidor. De mau humor, não vai consumir. Muita gente reclama que o ingresso é caro. Isso é porque o time é caro e eu tenho de pensar em 16 milhões de pessoas que têm de estar contentes com o clube, consumindo, gerando recursos para eu manter o Palmeiras. O dinheiro do ingresso é uma fonte de receita tão boa quanto é a de televisão - acrescentou.
Quanto à WTorre, construtora que reformou o estádio, Nobre considerou que o clube é seu "refém". Isto porque a empresa sempre terá a preferência de uso da arena - caso tenha um show marcado para um dia de jogo do Verdão, o time precisa atuar em outro local. Tal fato pode ocorrer agora na semifinal do Estadual, caso o clube termine na segunda posição geral e chegue nesta fase, pois no dia 18, Roberto Carlos irá tocar no Allianz Parque - as semis ocorrem nos dias 18 e 19.
- Sim, o Palmeiras é refém da WTorre. Pelo que está assinado, se tiver show, o show tem a prioridade aos jogadores. Aí, o Palmeiras tem de jogar fora do Allianz e a WTorre paga a multa. E não tem o que concordar ou deixar de concordar. Isso já está assinado. Não fico discutindo o sexo dos anjos - completou.
Palmeiras e WTorre discutem na arbitragem pontos divergentes no contrato firmado por 30 anos. A principal disputa se dá pela divisão de cadeiras - o clube diz que a construtora tem direito a comercalizar apenas 10 mil, enquanto o parceiro do Verdão alega ter direito a todos os assentos. As partes agora estão abertas a um acordo.
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